O Reino Unido pediu o adiamento do Brexit para 30 de junho. A primeira-ministra britânica escreveu ao presidente do conselho europeu para adiar a data do início formal do processo.
“O Reino Unido procura uma nova extensão e propõe que este período termine a 30 de junho de 2019. Se as partes conseguirem ratificar antes desta data, o Governo propõe que o período termine mais cedo”, segundo a carta escrita por Theresa May e divulgada pelo Guardian esta sexta-feira, 5 de abril.
Theresa May reconheceu na missiva a Donald Tusk que era “frustrante” que o processo ainda não tenha sido concluído, e garantiu que o Reino Unido quer assegurar que era possível acionar o Brexit a tempo de cancelar as eleições europeias no país. “Mas vamos continuar a fazer os preparativos para as eleições, caso isto não seja possível”, afirmou.
A missiva foi escrita depois de ter sido noticiado que Donald Tusk estava se a preparar para oferecer ao Reino Unido uma extensão flexível de um ano para acionar o artigo 50, o mecanismo formal que oficializa a saída do país da União Europeia. Caso o Reino Unido fechasse o acordo de saída mais cedo, então o Brexit poderia ter lugar mais cedo, de acordo com a vontade de Donald Tusk.
O presidente do conselho europeu descreveu o seu plano como “a única forma razoável de saída”. Para Donald Tusk, este adiamento por um ano, iria evitar que o Reino Unido tivesse de andar a pedir repetidamente adiamentos para o Brexit. Contudo, os 27 países da União Europeia precisam de concordar unanimemente com o plano.
Donald Tusk quer dar flexibilidade ao Governo de Theresa May para que Bruxelas não seja acusada de estar a reter o Reino Unido na União Europeia. Desta forma, a saída do Reino Unido teria lugar a 10 de abril de 2020.
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