Topo da Agenda: o que não pode perder nos mercados e na economia esta semana

Segunda-feira, 19 de junho

Evento em destaque BCE sinaliza rumo dos juros diretores

A semana reserva-nos um rol de discursos por parte dos dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). Depois de conhecida a pausa na escalada dos juros diretores por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed), e com a resposta do congénere europeu de que, por cá, fica tudo como está, os mercados estarão atentos. O governador francês Villeroy de Galhau discursa em Paris, enquanto Philip Lane, o economista-chefe, junta-se ao vice-presidente Luis de Guindos em Madrid. Já Isabel Schnabel, do conselho executivo do BCE, fala no Luxemburgo. Todos deverão mencionar o rumo futuro das taxas de juro.

Outros eventos em foco:

• Grupo de Trabalho da Ação Financeira reúne a partir de hoje com a guerra a leste na agenda;
• Entram em greve os trabalhadores das administrações portuária de norte a sul do país;
• Alemanha divulga o relatório mensal do Bundesbank, o banco central;
• Banco de Portugal divulga dados do investimento direto, da balança financeira, da balança de bens e serviços e das balanças corrente e de capital, todos relativos a abril deste ano;

Terça-feira, 20 de junho

Evento em destaque Ibersol distribui dividendos no valor 0,70 euros

A venda da cadeia de restaurantes de fast-food Burger King permitiu à cotada portuguesa um encaixe positivo, cujos dividendos começam a ser pagos esta terça-feira. Ainda na passada sexta-feira, as ações da Ibersol deixaram de ser negociadas com direito ao dividendo bruto de 0,70 euros, chega esta semana aos acionistas.

Outros eventos em foco:

• Banco Popular da China decide quanto a uma atualização das taxas de juro;
• Estados Unidos publicam o índice Redbook;
• Eurostat dá a conhecer o PIB per capita de 2022;
• INE: Síntese Económica de Conjuntura e Índices de Prçeos na Produção Industrial (ambos relativos a maio deste ano);

Quarta-feira, 21 de junho

Evento em destaque Certificados de aforro em debate no Parlamento

Depois da criticada decisão do Governo de suspender a série E dos certificados de aforro e lançar uma nova – F -, com um teto de juros mais baixo (2,5%), os restantes partidos políticos chamam ao plenário o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, que deverá ser questionado sobre o fundamento por detrás da decisão. O pedido para ouvir o governante foi colocado pelo Bloco de Esquerda e PCP.

Outros eventos em foco:

• Engel & Völkers publica relatório de mercado com dados, tendências e previsões quanto ao mercado imobiliário em Portugal;

Quinta-feira, 22 de junho

Evento em destaque Reino Unido, Turquia e Suíça de olhos postos nos juros

Na quinta-feira, é a vez dos decisores da política monetária do Reino Unido, da Turquia e da Suíça de se sentarem à mesa e traçar o rumo das taxas de juro. Do Banco de Inglaterra (BoE) espera-se a décima terceira subida consecutiva, que poderá colocar a taxa de referência mais próxima dos 5% (4,75%).

Outros eventos em foco:

• O presidente da Fed, Jerome Powell, é ouvido no Congresso norte-americano sobre a pausa nas subidas dos juros. A audição semestral estava agendada já antes da decisão;
• Banco de Portugal dá a conhecer a evolução da dívida das Administrações Públicas e da dívida direta do Estado, em abril e maio, respetivamente;
• Banco de Portugal: endividamento do sector não-financeiro;
• INE dá a conhecer o Índice de Preços da Habitação no primeiro trimestre do ano, no mesmo dia em que está agendada mais uma manifestação sobre as condições de habitação, a partir das 18h00, em Lisboa;

Sexta-feira, 23 de junho

Evento em destaque Quem mais contribui para o crescimento do país?

As contas nacionais trimestrais serão feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que avalia o contributo de cada sector institucional. Será possível concluir quais os sectores que mais contribuem para a resiliência e crescimento económicos do país. Pelas contas da mesma instituição, o PIB cresceu 2,5% nos primeiros três meses do ano.

Outros eventos em foco:

• Reino Unido: confiança do consumidor;
• Espanha conhece evolução do PIB;