O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, na segunda-feira, que não vê progressos para a Rússia terminar a ofensiva na Ucrânia pelo que vai dar ao homólogo russo, Vladimir Putin, entre “10 a 12 dias” para acabar a guerra, caso contrário vai aplicar sanções a Moscovo.
No passado dia 14 de julho, Trump já tinha avisado Putin de que aplicaria sanções a Moscovo se, num prazo de 50 dias, a Rússia não pusesse fim à ofensiva na Ucrânia. No entanto, esse prazo agora encurtou.
“Estou a estabelecer um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há razão para esperar. Não vemos qualquer progresso”, adiantou Donald Trump, a partir de Turnberry, na Escócia.
O líder americano explicou que conversou “bastante com o presidente Putin”. “Eu dava-me muito bem com ele, mas das cinco vezes, e todas as vezes, talvez quatro, em que tivemos conversas, achei que estávamos perto de resolver isto inúmeras vezes. E o presidente Putin sai [das conversações] e começa a lançar mísseis contra cidades como Kiev”, frisou.
Para Trump, “não é assim que se faz”. “Por isso, vamos ver o que acontece. Estou muito dececionado. Estou dececionado com o presidente Putin, muito dececionado com ele”, admitiu.
“Vou reduzir os 50 dias que dei para um número menor, porque acho que já sei a resposta sobre o que vai acontecer”, disse Trump. Na mesma ocasião, o presidente dos EUA avançou que ia enviar equipamento militar a Kiev através da NATO, incluindo sistemas de defesa aérea Patriot.
A Ucrânia já reagiu e congratulou Trump pela decisão e “firmeza” ao anunciar a intenção de encurtar o prazo das sanções. “Obrigado ao presidente [Donald Trump] por mostrar firmeza e enviar uma mensagem clara de paz através da força”, escreveu o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andri Iermak, na rede social X.
A Rússia tem feito avanços e conseguido conquistar localidades na região de Dnipropetrovsk, no centro-leste da Ucrânia. De recordar que o presidente russo exige que Kiev ceda as regiões ucranianas anexadas pela Rússia e que a Ucrânia renuncie à adesão à NATO. Já a Ucrânia, exige a retirada total do Exército russo do território, ocupado em cerca de 20%.
Na sexta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha dito que as discussões com Moscovo sobre um futuro encontro com Putin começaram, mas a presidência russa respondeu que esse encontro provavelmente não aconteceria nos próximos 30 dias.
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