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Twitter. Musk processado pelo regulador americano da bolsa

SEC considera que Musk comprou ações a preços artificialmente baixos e que poupou 150 milhões de dólares.
15 Janeiro 2025, 08h40

Elon Musk foi processado pelo regulador norte-americano da bolsa (SEC) por ter falhado em reportar atempadamente a compra de ações do Twitter.

A SEC considera que o milionário violou leis federais ao esperar 21 dias para revelar a compra de ações da rede social em 2022. As regras impõem um prazo máximo de 10 dias, quando passam a barreira dos 5%.

Em consequência da revelação tardia, o preço das ações disparou 27%, permitindo Musk comprar ações a “preços artificialmente baixos”. A SEC considera que a compra de ações foi feita à custa de investidores que não tinham ideia de que Musk estava a investir na companhia.

A não revelação das compras permitiu a Musk poupar 150 milhões de dólares, por ter comprado com a ação em valores mais baixos. “A violação de Musk resultou em danos económicos substanciais para os investidores”, segundo a queixa da SEC. Se considerado culpado, será obrigado a pagar uma coima e a devolver lucros da empresa.

Mais tarde no mesmo ano, Musk concluiu a compra do Twitter por 44 mil milhões de dólares, tendo mudado o nome da mesma para X.

Em resposta, o advogado de Elon Musk disse que o seu cliente não “fez nada de errado”. A falha em reportar atempadamente a compra das ações levou investidores do Twitter a processar Musk.

Mas há outros casos a opor a SEC e Musk. Em 2018, pagou uma coima de 20 milhões de dólares por ter escrito no Twitter que iria retirar a Tesla de bolsa, tendo também deixado o cargo de chairman da empresa.

O presidente da SEC Gary Gensler decidiu sair do cargo quando Donald Trump tomar posse, que já o tinha ameaçado demitir. Para o substituir, Trump vai nomear Paul Atkins que deverá rever muitas das suas regras e medidas tomadas por Gary Gensler.

Elon Musk é um apoiante de Donald Trump e estará presente na sua tomada de posse assim como outros milionários tecnológicos como Jeff Bezos ou Mark Zuckerberg. O primeiro foi o maior doador para a campanha de Donald Trump (250 milhões de dólares) e os outros dois doaram cada um um milhão de dólares para a cerimónia de tomada de posse a 20 de janeiro.

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