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UBS recompra quase três mil milhões de euros em obrigações para reforçar confiança

O banco vai recomprar 2,75 mil milhões de euros em obrigações que emitiu há menos de uma semana, numa tentativa de reforçar a confiança dos investidores abalada pelo acordo alcançado no fim de semana passado para a compra do Credit Suisse.
Michael Buholzer / EPA
22 Março 2023, 10h42

O UBS anunciou esta quarta-feira que vai recomprar 2,75 mil milhões de euros em obrigações que emitiu há menos de uma semana. O objetivo é tentar aumentar a confiança dos investidores que foi abalada com o acordo para a compra do rival Credit Suisse durante o último fim de semana.

As obrigações em questão incluem emissões de 1,5 mil milhões de euros, a uma taxa de 4,625%, com maturidade em março de 2028, e 1,25 mil milhões de euros, com uma taxa de 4,750% e maturidade em março de 2032, de acordo com um comunicado divulgado pelo UBS, citado pela “Reuters”.

Desde o resgate do Credit Suisse, com garantia estatal, as ações do UBS sofreram oscilações muito acentuadas. Os títulos do banco chegaram a cair 17% depois da abertura dos mercados na segunda-feira. Esta quarta-feira, estão a recuar perto de 1%.

As autoridades suíças conseguiram um acordo, durante o fim de semana passado, para garantir a venda do Credit Suisse ao UBS e conter uma crise de confiança no sector bancário. Nesse sentido, foi anunciado que o banco iria lançar uma Oferta Pública de Aquisição sobre o Credit Suisse, pagando três mil milhões de francos suíços. Já o Governo deu uma garantia estatal de nove mil milhões de francos suíços para cobrir perdas potenciais com os ativos da instituição financeira.

https://jornaleconomico.pt/noticias/respostas-rapidas-o-que-sao-os-cocos-e-porque-perderam-tudo-no-credit-suisse-1009550

No entanto, este acordo implicou também perdas históricas para os detentores de títulos do banco de elevada subordinação (Additional Tier 1, AT1 ou CoCos), no total de 16 mil milhões de francos suíços. Uma decisão que agitou os mercados.

Isto obrigou as entidades europeias, nomeadamente o Banco Central Europeu, a demarcar-se da posição assumida pela Suíça e a afirmar que estas obrigações “são e continuarão a ser uma componente importante da estrutura de capital dos bancos europeus”.

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