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Ucrânia: Dinamarca defende que vitória de Kiev deve ser plano europeu

“A guerra na Ucrânia não tem apenas a ver com a Ucrânia, mas com a possibilidade ou não de o Presidente russo, Vladimir Putin, decidir sobre a Europa”, apontou a primeira-ministra da Dinamarca na Conferência de Segurança de Munique.
A man gestures as Palestinians search for casualties a day after Israeli strikes on houses in Jabalia refugee camp in the northern Gaza Strip, November 1, 2023. REUTERS/Mohammed Al-Masri
15 Fevereiro 2025, 15h41

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou hoje, em Munique, que a vitória da Ucrânia contra a Rússia deve ser um plano europeu, sublinhando que as concessões a Moscovo tiveram consequências.

“Trata-se de a Ucrânia ganhar a guerra. Esse é o plano. A guerra na Ucrânia não tem apenas a ver com a Ucrânia, mas com a possibilidade ou não de o Presidente russo, Vladimir Putin, decidir sobre a Europa”, apontou Frederiksen, na Conferência de Segurança de Munique.

A governante lembrou as concessões feitas à Alemanha nazi, na Conferência de Munique em 1938, pelo Reino Unido e pela França, e as suas respetivas consequências, vincando que esta “não foi uma boa solução, nem seria hoje uma boa solução”.

Para Mette Frederiksen, a melhor garantia que pode ser dada à Ucrânia é a entrada na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

“Sei que alguns parceiros não concordam. Mas, se a Ucrânia estivesse na NATO, esta guerra não teria acontecido. Seria a melhor solução e também a mais económica”, apontou.

A primeira-ministra da Dinamarca referiu ainda que os europeus têm de aumentar o apoio militar à Ucrânia.

Também hoje, a Presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, admitiu partilhar de muitos dos valores liberais estabelecidos pelo vice-Presidente dos EUA, JD Vance, nesta conferência, notando que o seu discurso é um “apelo à democracia direta”.

Na quinta-feira, o vice-Presidente dos EUA disse que na Grã-Bretanha e em toda a Europa a liberdade de expressão pode estar em declínio.

Vance defendeu que esta situação é mais preocupante do que a ameaça da Rússia, da China “ou de outro ator externo”.

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