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Ucrânia: Vaticano anuncia que Papa recebe Volodymyr Zelensky na sexta-feira

O último encontro entre ambos remonta a junho passado, por ocasião da cimeira de chefes de Estado e de Governo do G7 na Apúlia (sul de Itália), onde tinham sido convidados pela presidência italiana do grupo das sete maiores economias mundiais.
9 Outubro 2024, 18h52

O Papa Francisco vai receber o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na manhã de sexta-feira, anunciou hoje o Vaticano.

O Papa irá receber Zelensky no Palácio Apostólico entre as 09:30 e as 10:00 locais (entre as 08:30 e as 09:00 em Lisboa), segundo indicou um pequeno comunicado de imprensa do Vaticano, no qual foi anunciado que este encontro faz parte da agenda oficial do pontífice.

Não está prevista qualquer declaração à imprensa no final do encontro.

O último encontro entre ambos remonta a junho passado, por ocasião da cimeira de chefes de Estado e de Governo do G7 na Apúlia (sul de Itália), onde tinham sido convidados pela presidência italiana do grupo das sete maiores economias mundiais.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, os múltiplos apelos de Francisco à paz têm sido ignorados.

As relações entre o Vaticano e a Ucrânia não se encontram na sua melhor fase. Em março, Francisco provocou uma crise diplomática entre Kiev e o Vaticano depois de ter apelado à Ucrânia para “levantar a bandeira branca e negociar”.

No final de agosto, o Papa também condenou a proibição de Kiev à Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada a Moscovo, expressando preocupação com a liberdade de culto no país em guerra.

“Continuo a acompanhar com dor os combates na Ucrânia e na Federação Russa e, pensando nas leis recentemente aprovadas na Ucrânia, temo pela liberdade daqueles que rezam”, disse então Francisco.

Os jornais italianos também noticiaram um possível encontro entre Zelensky e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, nos próximos dias, mas não há ainda qualquer confirmação oficial.

O Presidente ucraniano chegou hoje à Croácia para participar numa cimeira Ucrânia-Sudeste Europeu, que visa mostrar “o apoio da região ao povo ucraniano” e fornecer ajuda militar às tropas que enfrentam o avanço russo na frente oriental.

A visita e a cimeira na cidade croata de Dubrovnik surge num momento difícil para a Ucrânia, que carece de homens e armas.

O líder ucraniano, que utiliza cada viagem como uma plataforma para pedir mais ajuda militar para combater a Rússia, lamentou recentemente que o Ocidente esteja a “arrastar” as entregas de mísseis de longo alcance para o exército de Kiev.

Depois de Dubrovnik, Zelensky iria à Alemanha no sábado para participar na cimeira internacional sobre a defesa da Ucrânia e apresentar “medidas claras e concretas com vista a um fim justo para a guerra”, reunião entretanto adiada.

O adiamento da reunião dos aliados da Ucrânia na base militar dos Estados Unidos da América (EUA) em Ramstein foi hoje confirmado por fontes norte-americanas oficiais, após o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter cancelado a visita de Estado à Alemanha para acompanhar os desenvolvimentos do furacão Milton, que deve atingir a Florida na noite de hoje para quinta-feira.

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