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Ucrânia: Zelensky diz que prossegue incursão em Kursk e que defesa de Donetsk está mais forte

A maior pressão russa localiza-se na cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico ucraniano junto da frente de combate em Donetsk e, cuja queda, permitiria às forças russas ameaçarem outros pontos-chave da região.
21 Agosto 2024, 21h38

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que prossegue a ofensiva na região russa de Kursk, ao mesmo tempo que os seus militares estão “mais fortes” na defesa de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde a Rússia regista avanços.

A maior pressão russa localiza-se na cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico ucraniano junto da frente de combate em Donetsk e, cuja queda, permitiria às forças russas ameaçarem outros pontos-chave da região.

As Forças Armadas Ucranianas informaram que as tropas russas realizaram 66 ataques nesta região só na terça-feira.

“Compreendemos os passos do inimigo e estamos a tornar-nos mais fortes”, disse Zelensky, num discurso à nação na noite de hoje, no qual partilhou os últimos dados do chefe das Forças Armadas, Oleksandr Sirski, e apelou aos parceiros de Kiev para que “cumpram as suas obrigações”.

O Presidente ucraniano destacou os progressos na região de Kursk, que passam por reforçar o controlo nas áreas conquistadas e “continuar a preencher o fundo de troca”, uma expressão alusiva às capturas de prisioneiros que Zelensky aspira utilizar em futuros acordos com a Rússia.

Em Kursk, os militares ucranianos anunciaram na noite de terça-feira que controlavam 1.263 quilómetros (km) quadrados e 93 localidades, um pouco mais do que no dia anterior.

Se a ofensiva militar ucraniana lançada a 06 de agosto na região russa de Kursk recebe muita atenção porque levou as hostilidades ao solo do atacante, o foco dos combates continua na região industrial ucraniana do Donbass (leste), onde se concentram os soldados da Rússia, mais bem equipados e mais numerosos.

Além das doações de equipamento militar, Zelensky espera também que se registem progressos no compromisso assinado pelo G7 de emprestar à Ucrânia 50 mil milhões de dólares (44.8 mil milhões de euros) provenientes de ativos russos bloqueados após a imposição de sanções.

Segundo o Presidente ucraniano, “houve muitas declarações políticas” por parte de parceiros estrangeiros, mas Kiev precisa de “um mecanismo real” para pôr em prática as promessas.

“Precisamos que os ativos do agressor tenham uma verdadeira ajuda defensiva”, argumentando que “as discussões já duram há demasiado tempo”.

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