O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esteve esta terça-feira reunido com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e com o chefe do Estado do Vaticano, o Papa Leão XIV, para recolher mais apoios para a nova versão do plano de paz que vai enviar, segundo a agência Reuters, para análise da Casa Branca. A Ucrânia e os seus parceiros europeus estarão em breve prontos para apresentar aos Estados Unidos documentos sobre um plano de paz para pôr fim à guerra com a Rússia, disse Zelensky esta terça-feira, após dias de intensa diplomacia. O presidente esteve no início da semana reunido com o presidente francês, Emmanuel Macron, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e com o chanceler alemão, Friedrich Merz.
Kiev está sob pressão da Casa Branca para garantir uma paz rápida, mas resiste ao plano apoiado pelos Estados Unidos, proposto no mês passado e amplamente considerado favorável a Moscovo tanto pela Ucrânia como pelos seus aliados europeus. As autoridades ucranianas também estão a tentar reunir garantias de segurança dos seus parceiros, caso um acordo seja fechado.
Em comunicado, Zelensky afirmou que os novos componentes do acordo negociado com os líderes britânico, francês e alemão em Londres estão agora “mais desenvolvidos” e prontos para análise pelos Estados Unidos. “Juntamente com o lado norte-americano, esperamos tornar os potenciais passos o mais viáveis possível”. Ao certo sabe-se apenas que a nova proposta recusa liminarmente – tal como Zelensky já tinha afirmado antes – qualquer entrega de território ucraniano à Rússia.
Entre outras exigências, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Ucrânia deve entregar toda a região oriental do Donbas antes de a Rússia cessar os combates, algo que Zelensky tem rejeitado em definitivo.
Por seu turno, o presidente finlandês, Alexander Stubb, afirmou também esta terça-feira que os aliados têm trabalhado em três documentos distintos, incluindo um plano de ação de 20 pontos, um conjunto de garantias de segurança e um plano de reconstrução. “Acho que estamos mais perto de um acordo de paz do que em qualquer outro momento desde o início da guerra”, disse num evento em Helsínquia.
Entretanto, o jornal ucraniano ‘Kyiv Independent’ noticia que Zelensky está pronto para realizar eleições mesmo durante a guerra, se os parceiros garantirem a segurança. A Ucrânia poderia estar preparada para realizar eleições durante a guerra com a Rússia, caso os Estados Unidos e os parceiros europeus ajudem a garantir a segurança, terá declarado Zelensky. “Estou a pedir agora, e declarando-o abertamente, que os Estados Unidos me ajudem. Juntamente com os nossos parceiros europeus, podemos garantir a segurança necessária para a realização das eleições. Se isso acontecer, a Ucrânia estará pronta para realizar eleições nos próximos 60 a 90 dias”, disse. “Pessoalmente, tenho a vontade para isso.” Nesse contexto, Zelensky pediu aos deputados que elaborassem propostas legislativas que permitam alterações à lei eleitoral – que impede eleições durante a permanência da lei marcial. Da notícia não fica claro que tipo de eleições poderiam ser organizadas: legislativas ou presidenciais?
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