O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que os ucranianos são os primeiros a querer acabar com a guerra, mas recusou conversações de paz com a Rússia sem garantias de segurança contra uma nova ofensiva.
“Ninguém quer acabar com a guerra mais do que nós”, sublinhou Zelensky numa entrevista à Fox News na conclusão de uma visita a Washington marcada por um confronto verbal na Casa Branca com o Presidente norte-americano.
Horas depois de Donald Trump ter ameaçado “abandonar” a Ucrânia se esta não assinasse um acordo de cessar-fogo já, Zelensky frisou que Kiev “não quer perder” o apoio de Washington, maior contribuidor para o esforço militar contra o invasor russo desde a invasão em 2022.
“Será difícil sem o vosso apoio, mas não podemos perder os nossos valores, o nosso povo. Não podemos perder a nossa liberdade”, afirmou Zelensky, cujo país foi invadido pela Rússia, que em 2022 declarou a anexação de quatro regiões no leste e sul.
Depois de Trump o ter acusado de “desrespeito” na Casa Branca, num confronto verbal sem precedentes perante a comunicação social, e de abandonar prematuramente o encontro, o líder ucraniano rejeitou na entrevista dever um pedido de desculpas ao seu homólogo norte-americano.
“Respeito o Presidente [Trump] e respeito o povo americano”, disse Zelensky.
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