“UE vai sempre proteger democracias e liberdades”. Costa e von der Leyen dão recado aos EUA

A mesma mensagem partilhada na mesma rede social de dois chefes da democracia europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, lembraram que os Estados Unidos são o parceiro mais próximo da UE, mas que o bloco europeu defende os seus valores.

Quase se pode falar num recado para os Estados Unidos, nomeadamente para Donald Trump e os patrões das redes sociais, numa altura em que o presidente eleito demonstra interesse em comprar territórios que não estão à venda (Gronelândia) e que Musk se tenta intrometer na política europeia, atacando primeiros-ministros e defendendo candidatos.

“Os Estados Unidos são um dos nossos parceiros mais próximos e estamos comprometidos em fortalecer a aliança transatlântica”, lê-se na missiva dos dois líderes europeus.

“Para a UE é essencial proteger e fortalecer os nossos valores democráticos, tornar a nossa economia mais competitiva e sustentável, expandir a nossa rede de parcerias e investir mais na nossa segurança”, continuam.

E o remate chega no terceiro parágrafo da mensagem partilhada no X: “A UE vai sempre proteger os seus cidadãos e a integridade das nossas democracias e liberdades”.

The US is one of our closest partners and we are committed to strengthening the Transatlantic bond.

For the EU it is essential to protect and strengthen our fundamental democratic values, make our economy more competitive and sustainable, expand our global network of…

— António Costa (@eucopresident) January 9, 2025

Esta semana vários líderes europeus manifestaram críticas ao magnata e empresário Elon Musk, alertando que este representa um perigo para a democracia, uma vez que se encontra a interferir na política de países europeus. Recentemente, Musk manifestou o seu apoio à candidata a chanceler do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha.

Nos últimos dias, Musk tem vindo a lançar vários ataques ao primeiro-ministro britânico, apostando que Keir Starmer será destituído antes das próximas eleições.