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Um metaverso que enriquece o que nos rodeia

Weekend: A equipa da Instinct deixa-lhe sugestões de entrevistas, livros, filmes, séries, podcasts e artigos que o/a vão ajudar a entender, refletir e inspirar sobre o futuro para inovar com impacto
11 Novembro 2022, 10h30

Por: Catarina Nunes | Business Design & Strategy Director na INSTINCT.

Cada vez mais falamos e ouvimos falar do conceito metaverso. Para muitos, ainda é um mistério como é que vai impulsionar a próxima evolução da internet e impactar o nosso futuro.

Quando imaginamos o nosso futuro no metaverso, imaginamos uma realidade em que passamos cada vez mais tempo em casa, online, a interagir com outras pessoas através do nosso avatar. Contudo, não tem de ser necessariamente assim. Podemos utilizar as tecnologias que suportam o metaverso para criar arte digital que aprimora e enriquece os espaços físicos que nos rodeiam. Esta é a visão do artista de Extended Reality (XR) Stuart Campbell, mais conhecido por Sutu.

Convido a descobrir, nesta TED Talk, a visão de Sutu para a construção de um metaverso saudável e a explorar a arte digital que a plateia foi convidada a cocriar, utilizando a tecnologia de realidade aumentada dos seus smartphones.

Sutu cruza arte e tecnologia de uma forma inovadora para contar histórias e criar experiências. O trabalho que tem vindo a desenvolver mostra-nos como a arte e as experiências digitais podem aumentar a nossa sensação de comunidade, criatividade e conexão com o mundo real.

Na visão deste artista, para construirmos um metaverso saudável precisamos de ter em consideração três pilares fundamentais: a comunidade, a tecnologia e a descentralização.

Para explicar o pilar da comunidade, Sutu apresenta-nos os Love Punks. Um projeto que realizou em 2010 no deserto de Pilbara, no norte ocidental da Austrália, com a ajuda de cerca de 40 jovens. Os Love Punks deram vida a um mundo digital de forma analógica. Vestiram-se e pintaram o rosto como idealizaram os seus avatares, construíram cenários fictícios, e depois inventaram as histórias interpretando-as. Durante 2 anos, tudo o que criaram no mundo físico recriaram no digital através do desenvolvimento de uma banda desenhada e de um videojogo chamado NEOMAD.

No pilar da tecnologia, Sutu aborda a questão do acesso à tecnologia como um ponto relevante para a nossa participação na cocriação do futuro do metaverso. Hoje em dia qualquer pessoa que tenha um smartphone tem acesso a tecnologia de realidade aumentada (AR). O que abre infinitas oportunidades à criação de experiências de metaverso no mundo real. Imagina-se a ir a uma festa vestido com a sua roupa virtual? Ou a expor nas paredes da sua casa os seus ativos digitais? Fica a ideia!

Por último, mas de todo não menos importante, o pilar da descentralização. Para nos movimentarmos no metaverso, precisamos que a nossa arte e os nossos avatares sejam descentralizados. Não podemos depender de uma só plataforma e, por isso, os NFT ajudam-nos a resolver este problema. Os nossos NFT não só podem ser movimentados de uma plataforma para outra, como também vendidos. Toda esta nova economia de compra e venda de arte digital contribui para manter vivo o metaverso.

 

Artigo original publicado em SuperToast by INSTINCT.

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