Pelo menos 40% da população da União Europeia já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19, sendo que destes, 17% já está totalmente imunizada. Os dados foram avançados, esta quinta-feira, pela Comissária Europeia da Saúde e Segurança dos Alimentos, Stella Kyriakides, que falava durante uma conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência de uma reunião entre os ministros da Saúde europeus que serviu para discutir a compra das vacinas.
De acordo com a responsável, estão a ser administradas mais de 20 milhões de doses de vacinas semanalmente, “um número que deverá continuar em crescimento nos próximos meses”, uma vez que a produção e entrega de vacinas continua a aumentar. Face a este valor, a Comissária admite que já é possível “olhar para o verão com otimismo”, dado que a meta de vacinar 70% da população até ao final deste período está em vias de se concretizar.
Ainda que o otimismo seja notável, Kyriakides ressalva que o surgimento de novas variantes a um nível “alarmante” continua a ser motivo de preocupação para todos os Estados-membros. “Estamos a ver a dispersão alarmante de variantes do Brasil e da Índia e isto torna bem claro o perigo que as novas variantes ainda constituem”, frisou.
Já Marta Temido, durante a sua intervenção, adiantou que entre os 27 a prevalência “atual e dominante” continua a ser a da variante britânica, embora existam países a “referir a existência de outras variantes”. Ainda assim, a governante ressalvou que, neste momento, deve-se ter esperança no processo de vacinação, cujo sucesso começa a revelar-se”, principalmente pelos decréscimo de novos casos, mas avisou que não se podem “descurar” as novas variantes no contexto de um espaço europeu.
“Temos de estar atentos a circulação de variantes e lançar mão de todos os instrumentos para o bem estar dos novos cidadãos”, diz Marta Temido
Face a esta situação, foi possível “encontrou uma visão comum dos estados-membros” relativamente à abordagem comunitária. Desta forma, as “compras conjuntas de vacinas contra a Covid-19 deverão prosseguir em 2022-2023”.
A estratégia a seguir é que as vacinas tenham uma “opção larga de tecnologias vacinais” — quer utilizando o mecanismo RNA mensageiro, quer utilizando o adenovírus. A ministra da Saúde disse também que foi “partilhado pelos estados-membros o apoio à manutenção dos elevados níveis de testagem e sequenciação” da Covid-19.
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