União Europeia prepara sanções à Rússia por prisão de Navalny

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva  referiu que o conselho europeu iria reunir-se esta segunda-feira para fazer um diagnóstico ao atual momento das relações entre o bloco comunitário e a Rússia e as sanções a ser aplicadas ao Kremlin.

“Certamente haverá uma análise sobre o modo como a Federação Russa se comportou durante a última visita do Alto Representante Josep Borrell, mas o que importa, sobretudo, fazer é um ponto de situação das relações bilaterais entre a UE e a Rússia atualmente. Elas estão num ponto muito baixo desde 2014, quando a Rússia anexou ilegalmente a Crimeia”, disse Augusto Santos Silva em entrevista à TSF.

Augusto Santos Silva sublinhou a importância de os 27 fazerem  “uma análise aprofundada” ao modo “como a Rússia tem expressado uma hostilidade em relação à União Europeia que não é aceitável”, principalmente depois “de como foi recebido, em moscovo, o Alto Representante para a política externa da UE”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros acredita que “a situação dos direitos humanos na Rússia merece fundadas preocupações”. O governante português espera que, na análise que será feita, a dimensão das sanções “também esteja presente”.

Segundo a “Reuters”, diversos diplomatas esperam que a UE imponha proibições de viagens e congelamento de ativos aos aliados de Putin no mês que vem, assim que os especialistas reunirem evidências para resistir a quaisquer contestações legais. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão também realizar uma vídeo chamada com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esta segunda-feira.

No geral, os ministros mantém a posição de que a Rússia tem de ser sujeita a restrições. “Sou a favor de ordenar a preparação de sanções adicionais, de listas de pessoas específicas”, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, referiu que  “não podemos fechar os olhos às violações flagrantes de direitos humanos na Rússia”.