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“Única forma de salvaguardar a credibilidade do Banco de Portugal”. CDS exige demissão de Centeno

Em comunicado assinado pelo líder do partido, Nuno Melo defende que Mário Centeno se deve demitir hoje do cargo de Governador do Banco de Portugal. “É a própria dignidade do cargo de Governador do Banco de Portugal que está em causa”, refere.
13 Novembro 2023, 13h16

Depois da Iniciativa Liberal, também o CDS-PP exige a “demissão imediata” de Mário Centeno do cargo de Governador do Banco de Portugal. Num comunicado assinado pelo líder do partido, Nuno Melo defende que esta é a única alternativa a ser tomada depois de terem sido violadas “regras básicas de isenção e independência, imperativas no exercício do cargo de Governador de Banco de Portugal”.

“É a única forma de ainda salvaguardar minimamente a independência e credibilidade do Banco de Portugal. É a própria dignidade do cargo de Governador do Banco de Portugal que está em causa”, afirma Nuno Melo.

O líder dos democratas cristãos sublinha que esta situação “é absolutamente inaceitável e a posição do Governador do Banco de Portugal é totalmente insustentável nas atuais circunstâncias”, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter desmentido Mário Centeno sobre o convite para liderar o Governo, e do Governador do Banco de Portugal se desmentir a si mesmo.

Nuno Melo relembra que o artigo 12.º do Estatuto do Sistema Europeu dos Bancos Centrais e do BCE que “um Governador pode ser demitido das suas funções se deixar de preencher os requisitos necessários ao exercício das mesmas ou se tiver cometido falta grave”.

O Governador do Banco de Portugal corrigiu, através de comunicado, as declarações dadas ao “Financial Times” no domingo. Mário Centeno diz que “é inequívoco que o Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo” tendo em conta a decisão de dissolver a Assembleia da República.

Mário Centeno admite que foi convidado por António Costa a “refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro”. “O convite para essa reflexão resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República”, lê-se no comunicado assinado por Centeno.

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