Depois da Iniciativa Liberal, também o CDS-PP exige a “demissão imediata” de Mário Centeno do cargo de Governador do Banco de Portugal. Num comunicado assinado pelo líder do partido, Nuno Melo defende que esta é a única alternativa a ser tomada depois de terem sido violadas “regras básicas de isenção e independência, imperativas no exercício do cargo de Governador de Banco de Portugal”.
“É a única forma de ainda salvaguardar minimamente a independência e credibilidade do Banco de Portugal. É a própria dignidade do cargo de Governador do Banco de Portugal que está em causa”, afirma Nuno Melo.
O líder dos democratas cristãos sublinha que esta situação “é absolutamente inaceitável e a posição do Governador do Banco de Portugal é totalmente insustentável nas atuais circunstâncias”, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter desmentido Mário Centeno sobre o convite para liderar o Governo, e do Governador do Banco de Portugal se desmentir a si mesmo.
Nuno Melo relembra que o artigo 12.º do Estatuto do Sistema Europeu dos Bancos Centrais e do BCE que “um Governador pode ser demitido das suas funções se deixar de preencher os requisitos necessários ao exercício das mesmas ou se tiver cometido falta grave”.
O Governador do Banco de Portugal corrigiu, através de comunicado, as declarações dadas ao “Financial Times” no domingo. Mário Centeno diz que “é inequívoco que o Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo” tendo em conta a decisão de dissolver a Assembleia da República.
Mário Centeno admite que foi convidado por António Costa a “refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro”. “O convite para essa reflexão resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República”, lê-se no comunicado assinado por Centeno.
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