A Universidade Portucalense (UPT) é o mais recente membro da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Solutions Network – SDSN) da Organização das Nações Unidas (ONU). A rede é integrada por centenas de instituições de ensino superior que partilham a determinação de colocar os grandes desafios da sustentabilidade, plasmados, nomeadamente, nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e na Agenda 2030 como pilares da formação e da investigação.
“Esta integração na rede permite aos docentes, investigadores e estudantes da Universidade Portucalense terem acesso privilegiado a canais de conceção, de desenvolvimento e de partilha de soluções, bem como o contacto direto com os principais atores do sector a nível internacional”, explica Fernando Ramos, reitor da UPT, ao Jornal Económico (JE).
Professores e alunos desta universidade terão assim a oportunidade de fazer parte de uma rede global dedicada a soluções sustentáveis, o que lhe dá acesso a uma vasta gama de recursos educativos e de pesquisa, bem como a possibilidade de colaborar com alguns dos principais especialistas mundiais na área do desenvolvimento sustentável.
Já nos próximos meses, a Portucalense tenciona envolver-se em projetos de investigação conjunta, iniciativas de soluções práticas para desafios ambientais e sociais, e em políticas de desenvolvimento sustentável, adianta o reitor. Através destas iniciativas, a Universidade espera “contribuir significativamente” para os esforços globais de sustentabilidade e ao mesmo tempo enriquecer a sua comunidade académica com experiências internacionais e interdisciplinares.
A Sustainable Development Solutions Network foi fundada em 2012 pelo então secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e pelo economista e professor Jeffrey Sachs, com o objetivo de promover abordagens integradas para a implementação dos ODS e do Acordo de Paris, através da educação, pesquisa, análise de políticas e cooperação global. Compreende cerca de 1.900 membros, principalmente universidades, coordenadas por 55 Redes Nacionais e Regionais.
Fernando Ramos diz ainda ao JE que o ramo português da SDSN está sediado na Universidade Nova de Lisboa e inclui um número crescente de instituições de ensino superior universitárias e politécnicas, públicas e privadas.
A SDSN Portugal foi oficialmente lançada a 2 de novembro de 2023, pela Universidade Nova de Lisboa, pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CeiiA) e pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) e tem o mesmo objetivo das suas congéneres existentes no mundo: mobilizar universidades, centros de investigação e outras redes e unidades de conhecimento, organizações da sociedade civil e empresas para criar sinergias para a promoção de soluções transformadoras que acelerem a implementação da Agenda 2030 e do Acordo de Paris.
“A integração na rede SDSN significa, por um lado, o reconhecimento por esta influente rede internacional do trabalho da Universidade Portucalense no que respeita a colocar os ODS, a Agenda 2023 e as questões relacionadas, de uma forma abrangente, com a sustentabilidade, no centro das estratégias formativas dos cursos que oferecemos”, salienta Fernando Ramos. “Trata-se, por outro lado, de uma forma de elevar o grau de exigência interna no que respeita ao alinhamento com as melhores práticas internacionais no domínio sustentabilidade no âmbito do ensino superior, quer no plano da formação quer no da investigação”, acrescenta.
Criado em 1986 na cidade do Porto, a UPT é um estabelecimento de ensino superior cooperativo, com ensino e investigação nas seguintes áreas: Arquitetura e Urbanismo, Multimédia e Artes, Direito e Solicitadoria, Relações Internacionais e Diplomacia, Economia, Gestão, Marketing, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Informática, Sistemas de Informação, Psicologia, Educação, Turismo e Hospitalidade, Património e Cultura. Tem campus no pólo Universitário da Asprela.
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