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Utilizadores do Google no Reino Unido vão perder o direito à proteção de dados da União Europeia

A decisão tomada pela gigante tecnológica vai facilitar a consulta por parte das autoridades do Reino Unido aos dados de milhões de utilizadores britânicos.
Neil Hall/Reuters
24 Fevereiro 2020, 07h40

Depois da confirmação da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a Google decidiu que vai colocar as contas dos utilizadores britânicos do motor de busca sob jurisdição dos Estados Unidos, retirando as medidas de proteção de dados impostas pela UE, segundo a “Reuters”.

A decisão tomada pela gigante tecnológica vai facilitar a consulta por parte das autoridades do Reino Unido aos dados de milhões de utilizadores britânicos. Segundo o que a agência “Reuters” conseguiu apurar, está para breve o envio aos utilizadores da nova política de dados da Google onde já vem incluída a jurisdição americana.

A República da Irlanda é a exceção, um dos países com a mais agressiva proteção de dados do mundo – Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR sigla em inglês) e onde se encontram as sedes europeias de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, pode ser a alternativa para os utilizadores britânicos e, assim, dificultar o acesso aos seus dados por parte das autoridades britânicas.

Por sua vez, os Estados Unidos é um dos países com a política mais fraca de proteção de dados entre as grandes potências económicas.

A Google é uma das empresas que acumulou mais dados sobre cidadãos a nível mundial, com o objetivo de utilizar essas informações para personalizar a publicidade que aparece nos dispositivos de cada individuo.

O utilizadores do Reino Unido poderão ficar mais vulneráveis caso as autoridades britânicas escolham não adotar o GDPR irlandês e, consequentemente, deixarem os dados dos seus cidadãos sujeitos à politica de proteção de dados dos Estados Unidos.

Nos próximos meses, outras empresas de tecnologia dos Estados Unidos, incluindo o Facebook, terão que fazer escolhas semelhantes, de acordo com fontes envolvidas em vários projetos ligados às grandes tecnológicas citadas pela “Reuters”.

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