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“Vai haver uma grande batalha”, diz ex-embaixador dos EUA na Rússia

“Os russos vão matar russos, provavelmente em grande número, a não ser que Prigozhin se renda”, algo que parece não estar a acontecer, uma vez que o grupo paramilitar continua a deslocar-se para Moscovo. 
24 Junho 2023, 11h31

O ex-embaixador dos Estados Unidos na Rússia, Michael McFaul, tem acompanhado toda a situação que está a decorrer desde ontem à noite na Rússia, estando a comentar o assunto na rede social Twitter.

McFaul, que foi embaixador na Rússia no tempo de Barack Obama (2012-2014), aponta, já após o discurso de Putin e as acusações do Grupo Wagner, que “a luta está em pé. Isto é agora uma guerra civil”.

“Putin foi claro no seu discurso. Ele ordenou o seu exército e outros a destruir o Grupo Wagner e Prigozhin. Por isso vai haver uma grande batalha”, lê-se no Twitter. “Os russos vão matar russos, provavelmente em grande número, a não ser que Prigozhin se renda”, algo que parece não estar a acontecer, uma vez que o grupo paramilitar continua a deslocar-se para Moscovo.

Michael McFaul adianta ainda que, tanto Putin quanto Prigozhin, são “bandidos” por tudo o que fizeram na Ucrânia. No entanto, McFaul explica que “não interessa que Prigozhin esteja a ir atrás de Putin” porque “Putin está a ir atrás de Prigozhin”.

“Quando os tipos maus estão a lutar entre si em vez de atacar os bons, isso é bom para os bons. É tão simples quanto isto”, escreve. Ainda assim, o ex-embaixador na Rússia adianta que, independentemente do resultado final, “as atividades de Prigozhin nas últimas 24 horas enfraqueceram Putin”. “Tudo o que enfraquece Putin é positivo para a Ucrânia”, não esquecendo que os militares russos ainda estão a atacar o país vizinho.

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