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Venda de passes na grande Lisboa aumentou 22% entre março e setembro de 2019

A venda de passes aumentou 22% entre março e setembro de 2019, em comparação com o período homólogo, e o número de passageiros transportados a nível nacional subiu 7%, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
3 Fevereiro 2020, 08h25

Num relatório sobre a implementação do Programa de Apoio à Redução tarifária (PART), a que a Lusa teve acesso, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) analisa dados fornecidos pelas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, 19 comunidades intermunicipais, 29 municípios e operadores de transportes públicos.

Assim, e de acordo com os dados preliminares obtidos e ainda “sujeitos a confirmação de dados finais após fecho do ano”, na venda de “títulos tipo passe/assinatura” ter-se-á registado um aumento de cerca de 22% entre março e setembro de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na venda de “títulos ocasionais” terá havido uma quebra “inferior a 10%”, no mesmo período e também face ao período homólogo.

Relativamente ao número de passageiros transportados a nível nacional, para o mesmo período, ter-se-á registado um aumento de cerca de 7%, enquanto no número de passageiros transportados com passe, a subida terá sido de cerca de 15%.

Pelo contrário, “o número de passageiros transportados com títulos ocasionais terá descido cerca de 12%”, segundo o relatório da AMT, que é a entidade reguladora e fiscalizadora do setor dos transportes.

No texto, a AMT refere que, da análise dos dados recebidos, parece resultar que as variações registadas a nível nacional são influenciadas, sobretudo, pelos resultados “mais expressivos que se terão registado nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, pois, excluindo estas regiões, as variações para o período de março a setembro são menos significativas”.

Na Área Metropolitana de Lisboa, é indicado no relatório, a venda de passe terá aumentado cerca de 29%, enquanto o número de passageiros transportados terá subido cerca de 8%. No número de passageiros com passe, o aumento terá sido de cerca de 17%.

Quando à venda de “títulos ocasionais”, houve uma quebra de cerca de 9%. Os passageiros transportados com este tipo de títulos também desceu cerca de 15%.

Na Área Metropolitana do Porto, a venda de passes terá subido cerca de 15%. Em relação aos passageiros transportados, a subida terá sido de cerca de 7%, enquanto os que viajaram com passe terão aumentado cerca de 14%.

À semelhança do que aconteceu em Lisboa, no Porto a venda de títulos ocasionais desceu, apresentando uma quebra de cerca de 7%. O número de passageiros transportados com este tipo de títulos sofreu igualmente uma descida, de cerca de 8%.

Nas Comunidades Intermunicipais de todo o país, na generalidade, na venda de passes ter-se-á registado uma subida de cerca de 5% e, nas vendas de títulos ocasionais, uma descida de cerca de 1%.

Nestas zonas, é ainda indicado, o número de passageiros transportados e o número de passageiros transportados com passe terá aumentado cerca de 1%, enquanto o número de passageiros transportados com “títulos ocasionais” terá descido cerca de 2%.

De qualquer forma, a AML refere que se pode aferir “uma tendência para a substituição da compra de títulos ocasionais pela compra de títulos tipo passe/assinatura, ainda que tal não implique, necessariamente, uma maior fidelização de utilizadores aos serviços”.

“A redução de tarifas parece promover a aquisição de títulos de utilização ilimitada, não sendo ainda, no entanto, possível concluir que esta se traduza numa utilização mais frequente do transporte público”, lê-se no relatório.

Sobre os indicadores de oferta, “essenciais para aferir se o aumento da procura levou a acréscimos de ocupação dos veículos disponíveis”, a AMT declara que ainda não é possível obter conclusões.

De qualquer forma, diz ser “expectável que exista maior pressão na oferta face à procura”, sobretudo nos serviços de transporte com maiores reduções tarifárias.

Sobre os efeitos no sistema de transporte público de passageiros, a AMT conclui que se regista um acréscimo de procura, “em níveis que já não se verificavam há vários anos”.

O impacto mais relevante verifica-se nas áreas metropolitanas, traduzido em maiores aumentos na procura e nas vendas, lê-se no documento

Com o PART, os passes metropolitanos Navegante, em Lisboa, e Andante, no Porto, passaram a ter um custo máximo de 40 euros, permitindo viajar por todos os concelhos das Áreas Metropolitanas.

Foram também criados 18 passes Navegante Municipal, um para cada um dos 18 concelhos que integram a AML – por 30 euros, que permitem ao utente utilizar todos os transportes públicos de um concelho. No caso do Porto, foi criado um passe municipal de 30 euros, para viagens dentro do concelho ou até três zonas contíguas.

No restante território continental, as CIM aplicaram o PART com descontos, que variaram até 90%, e com a ampliação de serviços de transporte.

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