[weglot_switcher]

Vendas de carros online aceleram nos Estados Unidos devido à pandemia

Estudo realizado em abril revelou que 61% dos norte-americanos estavam dispostos a comprar automóveis através da internet, quase o dobro quando comparado com os 32% antes do inicio da pandemia.
3 Agosto 2020, 14h10

Aquilo que parecia uma visão futurista tornou-se agora uma realidade. A pandemia do coronavírus provocou uma verdadeira corrida às vendas de automóveis pela internet nos Estados Unidos, segundo conta a agência “Reuters” esta segunda-feira, 3 de agosto.

Apesar das compras de viaturas online representarem apenas 1% dos 700 mil milhões de euros que os norte-americanos gastam anualmente em cerca de 40 milhões de carros usados, o confinamento provocado pela Covid-19 em março, levou a que este tipo de compras via internet saltassem para a ribalta entre os cidadãos norte-americanos.

“Com o coronavírus, vimos uma mudança adicional no desejo de comprar veículos online”, refere Ernie Garcia, o CEO da Carvana empresa de venda de carros usados e que cresceu três digitos durante seis anos consecutivos.

Outra empresa da mesma indústria, a Vroom, vê agora as suas ações a serem negociadas por mais do dobro do preço do seu lançamento de 22 dólares (18 euros) a 8 de junho. Já o valor de mercado da Carvana é próximo ao da segunda construtora norte-americana a Ford.

Um estudo realizado em abril pela CarGurus, um mercado online de carros novos e usados revelou que 61% dos norte-americanos estavam dispostos a comprar automóveis através da internet, quase o dobro quando comparado com os 32% antes do inicio da pandemia.

Os 1,7 mil milhões que a Carvana gastou desde 2013 lançando a sua rede digital incluíram pagamentos pela tecnologia para avaliar veículos de troca, financiamento para empréstimos de carro, troca de títulos de carros nos estados dos EUA com regras diferentes e uma rede de logística para recondicionar, armazenar e entregar milhares de veículos para as casas dos clientes.

Por sua vez, a rival Vroom gastou 850 mil milhões de euros na sua plataforma e inventário online até este momento, esperando que um dia também use essa plataforma para vender peças ou seguros de automóveis, afirma o CEO Paul Hennessey.

Já a CarMax, a principal cadeia de retalho de carros usados, gastou mais de 250 milhões de euros no lançamento de uma plataforma digital para acompanhar as suas 200 lojas nos Estados Unidos e encontra-se a trabalhar na parte logística para servir todo o território norte-americano.

Jim Lyski, diretor de marketing da CarMax e outros executivos acreditam que outras grandes redes de retalho de automóveis provavelmente vão lançar-se nas vendas online, mas os enormes investimentos envolvidos limitarão a concorrência digital.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.