André Ventura queixou-se de censura após a sua participação inicial no debate orçamental, onde acabou por ficar sem tempo para abordar as propostas para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Antes, o líder do Chega gastou metade do tempo a criticar o Governo pela atuação nos protestos em diversos bairros de Lisboa.
Após lançar várias acusações ao Governo relativamente às forças de segurança, o líder do Chega argumentou que a proposta de OE2025, do Governo da AD, segue a mesma lógica dos anteriores Executivos socialistas: “’sacar’ a quem trabalha para distribuir a quem não faz nada”.
Sobre propostas concretas, Ventura teve apenas tempo para referir que irá insistir na redução em dois pontos percentuais do IRC, ficando sem tempo antes de abordar a segunda medida que o partido apresentará. “Já estou habituado à censura nesta casa”, queixou-se.
“O regimento diz que não se deve desviar da ordem dos trabalhos”, apontou José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República, ironizando com Ventura, que havia começado a sua intervenção ao relembrar o regulamento dos debates orçamentais.
Em resposta, o primeiro-ministro acusou Ventura de desconhecimento quanto às relações entre o Governo e as forças de segurança, além de tentar criar discórdia e tensões entre cidadãos.
“Aqui não há ‘nós’ e ‘eles’, nem os ‘polícias’ e ‘não-polícias’; há portugueses”, rematou.
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