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Verlingue identifica 10.500 empresas no setor agroalimentar em Portugal, o que representa 10,3% do emprego

O estudo da Verlingue revela que a agricultura representa 10,3% do emprego total em Portugal. Pois este setor emprega aproximadamente 104 mil trabalhadores.
21 Fevereiro 2025, 18h42

Foi publicada a nova edição do Verlingue Expert sobre “a prevenção de riscos no setor Agroalimentar”,  da autoria de Nuno Oliveira, Senior Account Manager da Verlingue Portugal, corretora de seguros especializada em proteção corporativa e filial do Grupo Adelaïde.

Segundo a companhia que tem seguros do setor, “existem cerca de 10.500 empresas no setor Agroalimentar em Portugal, maioritariamente composto por PME’s. No entanto, são as médias e grandes empresas as maiores responsáveis pela maior contribuição no total do VAB (Valor Acrescentado Bruto)”.

O estudo da Verlingue revela que a agricultura representa 10,3% do emprego total em Portugal. Pois este setor emprega aproximadamente 104 mil trabalhadores.

As exportações do setor agroalimentar aumentaram de 5,4% em 2000 para 9,3% em 2020 e em 2024, as exportações da Indústria Alimentar e de Bebidas registaram um aumento de 10,6% em relação ao período homólogo.

A Verlingue destaca que o setor representa um volume de negócios de cerca de 14.600 milhões de euros.

Em termos de tendências, a corretora de seguros aponta  “o forte crescimento na produção de frutos secos, com a duplicação da área de cultivo da produção na última década”. O país mantém uma dependência dos mercados externos nos cereais, importando cerca de 90% das suas necessidades, lembra a Verlingue.

Depois, as exportações na horticultura mais que triplicaram nos últimos anos. Sendo que a azeitona e o azeite em Portugal representam 5% da produção mundial e está em sexto lugar no ranking dos países produtores.

Por outro lado o olival foi a cultura com maior área regada (41%), seguida dos citrinos, frutos secos e outros frutos (19%), do arroz (9%) e dos hortícolas (6%).

Já na cortiça, 75% das exportações são rolhas.

Na lista de dados do setor, está o facto de Portugal ser o terceiro maior consumidor de peixe no mundo.

Por outro lado, existem cerca de 259 mil explorações agrícolas em Portugal, com uma superfície total de 4,6 milhões de hectares. A dimensão média das explorações é de 14,1 hectares.

A Verlingue lembra que população mundial atingiu o valor de 8 mil milhões em 2022 e espera-se que chegue a 9,8 mil milhões até 2050 e lembra que a ONU estimou que a produção de alimentos precisará aumentar em 70% para alimentar todos até meados do século. A Indústria Agroalimentar enfrenta, por isso mesmo, um conjunto significativo de desafios e oportunidades, defende a Verlingue.

Em termos de desafios geopolíticos, o setor tem de monitorizar e avaliar os riscos geopolíticos como parte do planeamento das empresas (por exemplo, o impacto global do conflito na Ucrânia).

Depois, “diversas interrupções na cadeia de abastecimento, como atrasos, representam riscos que não configuram perdas indemnizáveis”, acrescenta a companhia.

Outro desafio é o aumento da consciencialização da opinião pública e política sobre o impacto que as questões ambientais podem ter nas empresas implica um aumento das expetativas públicas e do foco regulatório nos padrões Ambientais, Sociais e de Governança (ESG), refere e Verlingue.

Na lista dos desafios do setor está ainda a automação e digitalização, o que permite às empresas a oportunidade de otimizar processos através de novas tecnologias, levando a uma maior eficiência, flexibilidade na produção e sustentabilidade.

Os custos diretos e indiretos de um “recall” (recolha, remoção e substituição de produto) incluindo na reputação de uma marca, desde logo pela ação das redes sociais, também está na lista de desafios.

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