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Vice do PPM não se revê na coligação com Chega para as europeias

Aline Hall de Beuvink sublinha que o PPM é um partido monárquico, cujos valores “não se coadunam com os princípios manifestados publicamente pelo movimento Chega”.
13 Março 2019, 19h15

A vice-presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), Aline Hall de Beuvink, anunciou esta quarta-feira que não se revê na coligação entre o partido e o movimento Chega para as eleições europeias de maio. Aline Hall de Beuvink sublinha que o PPM é um partido monárquico, cujos valores “não se coadunam com os princípios manifestados publicamente pelo movimento Chega”.

“É com profunda tristeza e consternação que tomei conhecimento, através de notícias publicadas nas últimas semanas e em particular hoje na comunicação social, da formação de uma coligação entre o PPM – Partido Popular Monárquico e o movimento Chega, liderado por André Ventura, com vista às eleições europeias do próximo dia 26 de maio”, afirma Aline Hall de Beuvink, em comunicado.

A vice-presidente do PPM recorda que os membros do seu partido são “monárquicos e profundamente democratas, não nos revendo em classificações de direita e esquerda”. “Na qualidade de primeira vice-presidente do Partido Popular Monárquico, e apesar de ser profissionalmente colega do cidadão André Ventura, não me revejo na sua representação do PPM para estas eleições europeias”, sublinha.

“Não acredito que esta iniciativa valorize os ideais monárquicos preconizados pelos fundadores do partido nem que contribua para o desenvolvimento da participação de cidadãos na democracia portuguesa”, sublinha. “O PPM tem um historial longo de participação ativa na sociedade portuguesa através de uma postura humanista materializada na defesa de temas como o ambiente e salvaguarda do património cultural, humanitário e histórico, valores estes que não se coadunam com os princípios manifestados publicamente pelo movimento Chega”.

Aline Hall de Beuvink nota ainda que a decisão de formar uma coligação entre o partido e o Chega, na qual participam também o Democracia 21 e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), não foi discutida nem analisada pela atual direção do partido, “informalmente ou nas instâncias internas do partido, a não ser hoje, depois das notícias veiculadas, no Conselho Nacional agendado para as 18h00”.

“Uma decisão destas deveria ter sido precedida de um aval político concedido pelo único órgão com capacidade para tal, o Conselho Nacional, antes de qualquer comunicação aos órgãos de imprensa”, sublinha a deputada municipal lisboeta eleita na lista conjunta do CDS e PPM nas eleições autárquicas de 2016.

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