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Vitórias de Joe Biden animam Wall Street

O ex-vice-presidente sobressaiu na “super terça-feira” ao vencer em, pelo menos, nove estados. O segundo candidato democrata a destacar-se foi Bernie Sanders, senador do Vermont, que conquistou quatro estados. A nível empresarial, destaca-se o setor da saúde: as ações da UnitedHealth dispararam 12,04%, para 292,76 dólares e os títulos da Centene ‘saltaram’ 13,12% para 61,20 dólares.
4 Março 2020, 15h00

A Bolsa de Nova Iorque abriu a sessão desta quarta-feira, dia 4 de março, em terreno positivo, depois de ter tombado 3% no término das negociações de ontem. Os mercados financeiros norte-americanos reagem às vitórias de Joe Biden, que sobressaiu entre os candidatos na «super terça-feira».

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos venceu em, pelo menos, nove estados, sendo que o segundo candidato democrata a destacar-se foi Bernie Sanders, senador do Vermont, que conquistou quatro estados. Para ser nomeado, o candidato do Partido Democrata deve ter apoio de, no mínimo, 1.991 delegados de um total de 3.979.

“O vice-presidente de Barack Obama foi o grande vencedor das eleições primárias em 14 estados norte-americanos, que votaram para escolher o candidato do Partido Democrata a disputar as eleições presidenciais de novembro com Donald Trump”, recordam os analistas do CaixaBank/BPI Research.

Os três principais índices norte-americanos terminaram as negociações no ‘verde’. O industrial Dow Jones ganha 1,91% para os 26.411,30 pontos; o financeiro S&P 500 sobe 1,45%, para os 3.046,99 pontos e o tecnológico Nasdaq avança 1,27%, para os 8.794,12 pontos. Já o Russel 2000 está a ser marcado por uma valorização de 0,60%, para os 1.502,10 pontos.

Em termos empresariais, há um rally setor de saúde. Por exemplo, as ações da UnitedHealth dispararam 12,04%, para 292,76 dólares. Os títulos da Centene ‘saltaram’ 13,12% para 61,20 dólares.

“À luz dos riscos” da propagação do Covid-19, a Fed decidiu esta terça-feira “baixar as taxas de juro em meio ponto percentual” – a maior descida desde 2008 -, colocando a taxa de juro de referência para um intervalo entre 1% e 1,25%. O corte de emergência levou as yields das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos a caírem para menos de 1% pela primeira vez. A taxa em causa perdeu mais de 11 pontos base, para o nível mais baixo de todos os tempos, de 0,906%.

“O ouro subiu ontem após a decisão do Fed de reduzir as taxas de juros em 0,50 (…). Foi uma notícia significativa para o ouro, já que as taxas de juros permanecerão baixas por muito tempo, mas também porque a decisão revelou a ansiedade sentida pela Reserva Federal. Depois de serem tão resilientes nos últimos meses, agora decidiram cortar 0,50% de uma só vez”, refere Carlo Alberto de Casa, analista-chefe da ActivTrades.

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