Nos últimos três anos saíram de Portugal 30 mil milhões de euros para offshores. Um montante que equivale a mais de três vezes o orçamento do Serviço Nacional de Saúde e a 15% do PIB português. E que compara com os cerca de 18 mil milhões de euros que os bancos comunicaram ao Fisco relativos a transferências para paraísos fiscais, entre 2013 e 2015. A Suíça é o destino de eleição, tendo absorvido mais de um terço dos montantes transferidos no ano passado (ver tabelas). As Finanças não avançam com quaquer justificação para o crescimento de 67% das transferências no ultimo triénio face aos três anos anteriores. Mas fiscalistas alertam: há cada vez mais particulares e empresas a utilizarem estas sociedades sediadas em territórios com tributação mais favorável.
Os dados constam das declarações que os bancos entregam todos os anos à Autoridade Tributária (modelo 38), sobre transferências para ‘offshore’. Só no ano passado, mais de 7.200 clientes empresariais e cerca de seis mil particulares fizeram passar por paraísos fiscais 8,9 mil milhões de euros. Os dados da AT mostram que foram realizadas 113.875 transferências, mais 11.571 que em 2017. O crescimento significativo de operações faz-se sentir desde 2015 (22.291 transferências), devido às novas regras que obrigam os bancos a indicar as operações fracionadas que somem 12.500 euros.
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