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Wall Street fecha em forte queda, com medo da concorrência

Wall Street não se livra da pandemia: terminou em forte queda esta quinta-feira, atingida pelo aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro mas também por e por novas preocupações sobre a o coronavírus.
18 Março 2021, 20h39

Wall Street voltou a fechar em baixa, depois de, segundo os analistas, o primeiro-ministro francês ter imposto um bloqueio de um mês em Paris e em várias outras regiões gaulesas devido à crise pandémica. “O último golpe veio das notícias do bloqueio de Paris. Não foi bem recebido”, disse Joe Saluzzi, gestor da Themis Trading, citado pela agência Reuters. “Nos Estados Unidos, prevemos uma grande reabertura, mas fora dos Estados Unidos nem tudo está bem”.

O Dow Jones Industrial Average caiu 153 pontos, ou 0,46%, para 32.862,37 pontos; o S&P 500 perdeu 58,62 pontos, ou 1,48%, para 3.915,5 pontos; e o Nasdaq Composite caiu 409,03 pontos, ou 3,02%, para 13.116,17 pontos.

O rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos ultrapassou 1,75%, atingindo uma alta de 14 meses, um dia depois de o Fed projetar o crescimento mais forte em quase 40 anos quando a crise pandémica desaparecer. Segundo os analistas, esta alta dos títulos do Tesouro contribuiu também para a queda dos mercados bolsistas – prevendo-se que alguns investidores se refugiem em investimentos alternativos.

“O facto de o Fed apenas dizer que não aumentará as taxas até 2023 não significa nada”, disse Tim Ghriskey, gestor de investimentos da Inverness, citado também pela Reuters. “O Fed está à margem, mas se os rendimentos dos títulos continuarem a subir, isso é o que realmente prejudica a economia”, afirmou ainda.

Por outro lado, dados sobre o trabalho mostram que o número de norte-americanos que remeteram pedidos de subsídio de desemprego aumentou inesperadamente na semana passada, o que também contribuiu para um dia pouco auspicioso nos mercados mobiliários do outro lado do oceano.

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