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Wall Street fecha mista com Dow Jones a perder 200 pontos penalizada pela banca

Apesar de o Nasdaq ter escapado às perdas na sessão de sexta-feira, os três índices registaram uma semana vermelha, caindo entre 0,5% e 0,8%, com a rápida subida das taxas de juro da dívida norte-americana a castigar o sector tecnológico, o principal motor da subida dos últimos meses.
Crash de 25% em Wall Street
19 Março 2021, 21h24

Wall Street fechou sexta-feira em terreno misto, com o Nasdaq a prevalecer numa sessão marcada pelas preocupações com a subida das taxas de juro da dívida norte-americana, depois dos máximos de mais de um ano registados nos títulos a 10 anos na quinta-feira.

O Dow Jones perdeu mais de 200 pontos, caindo 0,76% até aos 32.627,97 pontos e o S&P 500 manteve-se quase invariável, acabando o dia com 3.913,10 pontos, depois de ter estado a cair mais de 0,7%. O Nasdaq conseguiu fechar no verde, com mais 99 pontos, ou 0,76%, até aos 13.215,24.

Os três índices registam assim perdas semanais de 0,8% no caso de Nasdaq e S&P 500, com o Dow Jones a conseguir limitar a queda a 0,5%.

O Dow terminou a semana pressionado pelas perdas nas cotadas financeiras, depois do anúncio da Reserva Federal de que iria deixar expirar a 31 de março o relaxamento nos rácios de reserva que isentava os bancos de deterem capital face a títulos do Tesouro. Esta decisão pressiona as margens do sector, o que ditou as perdas de 2,89% no Wells Fargo, 1,76% no JPMorgan Chase, 1,05% no GoldmanSachs e 1,03% no Bank of America.

Por outro lado, as tecnológicas da Nasdaq empurraram o índice para os ganhos do dia, com o Facebook a valorizar mais de 4% depois do anúncio do diretor Mark Zuckerberg de que a renovada política de privacidade relativa a anúncios da Apple deixará a rede social numa “posição mais forte”, como cita a Reuters. A Apple, por sua vez, terminou o dia com 0,55% de perdas.

Outro sector que terminou o dia com uma boa prestação foi o da energia, que beneficiou da estabilização do preço do petróleo, depois das quedas de mais de 6% de quinta-feira.

Noutros mercados, o outro terminou a segunda semana seguida de valorização, apesar da subida das taxas de juro, o que poderá indicar que os investidores mais agressivos se preparam de antemão para aquilo que consideram a inevitável reação da Reserva Federal a este ambiente no mercado de títulos soberanos. O bem vai ganhando 0,53%, negociando nos 1.741,70 dólares (1.462,40 euros).

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