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Washington ameaça BRICS e impede que ganhe vida própria

Os países emergentes querem deixar o dólar para trás e apostar no multilateralismo. Mas não para já, pelo menos no que tem a ver com o primeiro ponto:as tarifas são uma ameaça próxima.
Officials, including Russian President Vladimir Putin, Chinese President Xi Jinping and Egyptian President Abdel Fattah al-Sisi, are seen through television cameras during a plenary session in the outreach/BRICS Plus format at the BRICS summit in Kazan, Russia October 24, 2024. REUTERS/Maxim Shemetov/Pool
5 Julho 2025, 22h00

Em recente intervenção pública, Carlos Andrade, Chief Economist do Novobanco, revelou que encontra cada vez mais negócios comerciais fechados em moeda que não o dólar norte-americano. “Não se coloca a hipótese de o dólar deixar de ser a principal moeda”, afirmou, mas nada parece ser eterno, e nem as ameaças emanadas da Casa Branca parecem ser suficientes para que os países BRICS deixem para trás a possibilidade de ‘se entenderem’ noutra moeda.

O assunto devia ser debatido na cimeira anual que decorre a 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, mas foi retirado da agenda há quatro meses atrás. Aparentemente, isso sucedeu como resposta a facto de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que iria impor tarifas de 100% aos países BRICS se estes optassem por pagamentos em moeda que não o dólar. Em publicação nas redes, Trump afirmou que adotaria tarifas de 100% caso o bloco continuasse a procurar uma alternativa ao dólar.

“Vamos exigir um compromisso desses países aparentemente hostis de que eles não criarão uma nova moeda nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano; caso contrário, eles enfrentarão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos EUA”, escreveu Trump. O presidente dos EUA enfatizou que “eles podem procurar outro ‘otário’.

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