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Xiaomi valoriza à boleia dos novos apoios chineses

As ações da Xiaomi já queriam ter dado o salto, com várias valorizações significativas durante o mês de dezembro.
Xiaomi
3 Janeiro 2025, 10h55

As ações da tecnológica Xiaomi atingiram máximos históricos esta sexta-feira, 3 de janeiro, depois do governo chinês ter anunciado apoios para a compra de produtos eletrónicos.

A empresa chinesa viu os seus títulos encerrarem nos 36,25 dólares de Hong Kong (4,53 euros) nesta sessão. Assim, esta valorização diária de 6,62% significa que a Xiaomi ultrapassou o seu máximo anterior, de 33,20 dólares de Hong Kong, que tinha sido fixado no final de 2020.

Numa análise mais detalhada, é possível perceber que as ações da Xiaomi já queriam ter dado o salto, com várias valorizações significativas durante o mês de dezembro. Apesar de ter iniciado o ano em queda, com os títulos a fixarem-se em 34 dólares de Hong Kong na primeira sessão, seguiu-se agora a recuperação.

Mas esta valorização tem valor para a economia chinesa. Isto porque o principal órgão de planeamento económico da China, a Comissão Nacional de Reforma de Desenvolvimento, anunciou que vai avançar com “subsídios para consumidores” que pretendam adquirir equipamentos eletrónicos como telemóveis e portáteis.

A iniciativa faz parte do plano de renovação que Pequim tinha anunciado em março de 2024, inicialmente avaliado em 700 mil milhões de dólares (680 mil milhões de euros). O objetivo era incentivar a renovação da maquinaria industrial e de bens de consumo, ao abater esta entrega no pagamento de novos dispositivos, impulsionando assim a economia chinesa.

Mas o otimismo dos investidores da Xiaomi estenderam-se também a outras empresas, especialmente tecnológicas, nomeadamente a fabricante de portáteis Lenovo.

Contudo, a valorização da Xiaomi também está assente no sucesso do SU7, o primeiro automóvel elétrico desenvolvido pela empresa chinesa (e que não pode ser vendido na Europa), quando este superou as estimativas ao vender 135 mil unidades em 2024. O CEO e fundador da Xiaomi já revelou que o objetivo para 2025 é chegar às 300 mil unidades vendidas.

No terceiro trimestre do ano, a tecnológica apresentou um lucro líquido de 824 milhões de euros e receitas recordes de 12,09 mil milhões de euros, um valor que representou uma subida de 30,5% face ao período homólogo. As expectativas da empresa para o último trimestre do ano são elevadas, tendo a Xiaomi o objetivo de manter o crescimento a que tem vindo a assistir.

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