A Zara pediu formalmente desculpa esta terça-feira pela campanha publicitária que gerou polémica nos últimos dias e acabou por ser retirada ontem devido à contestação pública. A publicidade continha fotografias de manequins em contextos que associavam à guerra Israel-Hamas.
A marca de roupa, perfumes e decoração lamentou esta manhã o “mal-entendido”, um dia depois de ter retirado a campanha do ar na sequência das reações negativas nas redes sociais, do boicote criado por consumidores indignados e ativistas pró-Palestina, bem como alertas de uma autoridade britânica.
Segundo a dona da Zara, as fotografias para a campanha “The Jacket” – nas quais se vê uma modelo a segurar um “corpo” enrolado em plástico branco num local visivelmente destruído – foram tiradas em setembro e o conflito só começou no início de outubro.
“Infelizmente, alguns clientes sentiram-se ofendidos com estas imagens, agora removidas, e viram nelas algo distante do que se pretendia quando foram criadas. A Zara lamenta esse mal-entendido e reafirma o nosso profundo respeito por todos”, referiu a marca do grupo Inditex, em comunicado tornado público pela agência Reuters e “BBC”.
It's not fiction, it's real.#ZaraBoycott 🚫❌ pic.twitter.com/YvUAjmUdjz
— اسكندرية – Alexandria (@Alexandria_egy1) December 10, 2023
O sector do retalho parece querer reafirmar o seu distanciamento perante as questões geopolíticas que marcam a atualidade. O jornal “Financial Times” revelou esta terça-feira que a Puma vai pôr fim ao seu patrocínio à seleção israelita de futebol no próximo ano, após seis anos de parceria com o grupo treinado por Alon Hazan.
Todavia, a empresa alemã de artigos desportivos esclareceu que esta decisão foi tomada antes do ataque do Hamas a 7 de outubro. Aliás, terá sido uma opção da multinacional de Herzogenaurach em 2022 no âmbito da estratégia chamada “fewer-bigger-better” (ou “menos-maior-melhor”).
“Apesar de haver duas seleções nacionais recém-contratadas – incluindo uma nova equipa – sejam anunciadas ainda este ano e em 2024, os contratos de algumas federações, como Sérvia e Israel, expirarão em 2024”, informou um porta-voz da Puma à Reuters.
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