À margem de uma ação de pré-campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 1 de outubro, na freguesia lisboeta da Ajuda, Assunção Cristas falou sobre a anunciada redução do défice, que totalizou 3.763 milhões de euros até julho, um recuo de 1.153 milhões de euros face a 2016, segundo o Ministério das Finanças. “Por via indireta, todos nós estamos a pagar muitíssimos impostos e, na nossa avaliação, não houve nenhum virar de página na austeridade,” comentou a presidente do CDS-PP.
“Este governo teve sempre uma política de austeridade à esquerda, tirou com uma mão, deu com a outra, redistribuiu as coisas, mas, na verdade, não teve uma política significativa de impulso à atividade económica através de uma melhor competitividade fiscal”, prosseguiu Cristas, criticando a “arrecadação muito grande de impostos” para famílias e empresas e recordando as propostas do CDS-PP para diminuir a carga fiscal.
“O que eu gostaria de ver era uma baixa significativa de impostos, desde logo para as empresas, para podermos ter atividade económica mais significativa”, contrapôs. “Vejo sempre com bons olhos quando há uma melhoria do défice”, assumiu. E deixou o alerta: “Preocupa-me saber como chegámos a esse défice.” Cristas contabiliza “mil milhões de euros” em “cortes cegos” nos serviços públicos, nomeadamente educação, saúde e transportes, atribuídos ao atual Governo do PS, apoiado por BE e PCP.
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