Trump: “Nunca houve melhor altura para começar a viver o sonho americano”

“O Estado da União está mais forte, seguro e orgulhoso”, disse Donald Trump no seu primeiro discurso do Estado da União na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e que foi muito aplaudido pelos Republicanos.

Após um ano de disputas amargas, Trump apelou à cooperação bipartidária no Congresso. O presidente Donald Trump pediu aos republicanos e aos democratas que trabalhem em conjunto em prol de compromissos sobre imigração e investimento em infraestruturas.

Primeiro começou por falar do que foi feito e depois do futuro que quer para os EUA.

O Presidente dos Estados Unidos disse que “depois de anos de estagnação salarial a América vê os salários a subir e o desemprego a cair”, e reforçou que o desemprego dos hispano-americanos nunca foi tão baixo.

“Criámos mais 2,4 milhões de novos empregos”, referiu ainda.

“Esta administração pôs em prática os maiores cortes de impostos”, lembrou Trump que adiantou que os cortes nos impostos levaram ao aumento dos salários.

“Desde a reforma fiscal, cerca de 3 milhões de trabalhadores já receberam o bónus do corte de impostos – milhares de dólares por trabalhador”.

Donald Trump citou o recém noticiado  anúncio da petrolífera ExxonMobil que investirá 50 mil milhões de dólares nos EUA nos próximos cinco anos, devido ao alívio fiscal da administração Trump.

“Nós eliminamos o Obamacare, que era desastroso”, revelou ainda.

Trump quer baixar o preço dos medicamentos prescritos, e “isso é uma das principais prioridades para este ano”, admitiu o Presidente dos EUA.

“Nunca houve melhor altura para começar a viver o sonho americano”.

“O Nosso lema é: nós confiamos em Deus”, disse Donald Trump que adiantou ter dado passos para proteger a liberdade religiosa.

“A minha Administração já removeu mais de 1.500 funcionários do Department of Veterans Affairs que não conseguiram dar aos nossos veteranos de guerra os cuidados que merecem”, disse também Trump.

O Presidente americano revela que puseram um fim à guerra contra a energia americana. “Agora somos um exportador de energia para o mundo”

Trump disse ainda que quer reconstruir as infraestruturas do país, recorrendo também ao investimento privado, porque há “défice de infraestruturas”. Para isso vai facilitar o processo de aprovação e licenciamento (para não mais de dois anos). Trump quer construir estradas, caminhos de ferros, pontes, auto-estradas, vias fluviais ” e apela: “vamos fazê-lo com o coração, mãos e vontade americanas”, disse.

Trump disse que gostaria de um compromisso sobre um plano para reconstruir estradas, pontes e outras infra-estruturas. E disse que queria que a legislação gerasse pelo menos 1,5 triliões de dólares através de uma combinação de gastos federais, estaduais e locais, bem como contribuições do setor privado.

“Estou a pedir que ambas as partes se juntem para nos dar as infra-estruturas seguras, rápidas, confiáveis e modernas de que a nossa economia precisa e a nossa gente merece”, disse.

O Governo dos EUA vai abrir escolas profissionais, anunciou o Presidente. “E vamos apoiar as famílias que trabalham concedendo  a licença familiar paga”, disse ainda Trump que centra o foco da sua proteção na família.

O presidente dos EUA falou também dos acordos comerciais dizendo querer “relações comerciais justas e recíprocas”.

O presidente dos EUA diz querer retirar as pessoas da pobreza para a prosperidade.

Anunciou que quer uma reforma das prisões, para dar uma segunda oportunidade aos presos que já cumpriram a sua pena.

Imigração

“Esta noite, eu estou convidando o Congresso a fechar finalmente as brechas legais que permitiram que o MS-13 e outros gangues criminosos entrassem no nosso país”. A abertura das fronteiras “custou muitas vidas a cidadãos americanos”.

“Queremos políticas de migração com o foco nas famílias americanas”, disse.

Cerca 1,8 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país há largos anos, que vieram em crianças, se tiveram trabalho e cumprirem requisitos de educação e carácter “poderão ser legalizados no prazo de 12 meses”. Esse é o primeiro pilar da reforma de Donald Trump.

O segundo pilar é fechar as fronteiras para combater o terrorismo e construir um muro na fronteira com o sul, disse Trump.

A Reuters diz que Trump procura trocar a legalização dos 1,8 milhões de imigrantes por um acordo para o financiamento de um muro fronteiriço com o México e acordos para a imposição de restrições à imigração legal.

O Presidente dos EUA revelou ainda que morreram 64 mil americanos em 2016 por causa de overdoses. “Temos de acabar com o flagelo da entrada de droga no país e tratar a toxicodependência “.

Os vistos deixarão de ser atribuídos de forma aleatória. O mérito vai ditar a atribuição de vistos.

O quarto pilar pretende defender a família nuclear ao acabar com a migração em cadeia, a capacidade dos imigrantes legais para trazer um amplo número de membros da família para o país. Com Trump um imigrante só vai  poder trazer para os Estados Unidos a sua família nuclear.

Trump quer proteger os americanos e “estende as mãos para o diálogo” com os democratas.

“Vamos colocar o sistema de emigração nos padrões do Século XXI”, desafia Trump.

“No ano passado, eu também prometi que trabalharíamos com os nossos aliados para extinguir o ISIS da face da Terra e foram afastados de quase 100% dos territórios ocupados no Iraque e na Síria. Continuaremos a nossa luta até que o ISIS seja derrotado”, disse.

“Os terroristas não são apenas criminosos, são combatentes do nosso inimigo”, disse lembrando que no passado os EUA libertaram terroristas, incluindo o líder do ISIS, e acabaram por se “defrontarem com eles no campo de batalha”

“Então, hoje, eu mantenho outra promessa. Acabei de assinar um pedido direcionando o secretário Mattis para reexaminar a nossa política de detenção militar e manter as instalações de detenção em Guantánamo”, disse Trump.

Irão

“A América está com o povo do Irão na sua luta corajosa pela liberdade”, disse o Presidente dos EUA.

Trump considera desastroso o acordo nuclear assinado por Obama com o Irão, e pede ao Congresso que lime falhas neste acordo.

Lembra que a sua administração impôs sanções duras às ditaduras comunistas e socialistas em Cuba e Venezuela. “Mas a ditadura mais cruel e opressora é a da Coreia do Norte”. A política de mísseis nucleares da Coreia do Norte é uma ameaça aos EUA, lembrou Trump que prometeu não cair nos mesmos erros das Administrações anteriores.

“Temos de modernizar o nosso arsenal nuclear”, disse também, reforçando esperar “nunca ter de o usar”.

“Moscovo e Pequim ameaçam a nossa economia, os nossos valores”, considera.

Por fim Donald Trump mantém o compromisso de assinar uma lei que coloca a América em primeiro (América First).