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Vieira da Silva quer reforço dos fundos europeus para a Economia Social

Vieira da Silva falava em Castelo Branco, onde participou na sessão de encerramento de um congresso inserido na terceira edição da Feira de Economia Social IN.
Cristina Bernardo
20 Abril 2018, 00h08

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, defendeu hoje que os fundos europeus do pós-2020 devem incluir um reforço do apoio para o setor e para as instituições da Economia Social.

“Espero que a Economia social veja reconhecido o seu papel e espero que um dia, não muito longínquo, a própria União Europeia venha a ter um programa próprio de apoio à Economia Social, ainda que ela seja entendida de forma distinta nos vários países”, afirmou.

Vieira da Silva falava em Castelo Branco, onde participou na sessão de encerramento de um congresso inserido na terceira edição da Feira de Economia Social IN.

Durante a sessão, o governante lembrou a importância do evento e da oportunidade por este estar a decorrer numa fase em que se inicia a discussão relativa à distribuição dos fundos estruturais para o próximo quadro comunitário de apoio.

Depois de salientar que este setor representa entre 05 a 06% do emprego assalariado do país, Vieira da Silva mostrou-se confiante de que na negociação do pós-2020 haverá “espaço de inserção” para a área da Economia Social.

De resto, segundo defendeu, tal também contribuirá para dar resposta a desafios futuros como o do apoio aos idosos, promoção do envelhecimento ativo e combate ao isolamento, entre outras áreas em que a Economia Social já tem e continuará a ter um papel fundamental.

No final da sessão, quando questionado pela agência Lusa sobre o reforço financeiro que gostaria de ver contemplado, Vieira da Silva especificou que o que está em causa não se restringe a um aumento de verbas, abarcando também uma “maior possibilidade de a Economia Social poder estar mais presente noutros programas que não se lhe são diretamente dirigidos”.

Nesse ponto, deu o exemplo da generalidade das ações para a criação de emprego ou daquelas que visam a modernização da economia e da sociedade portuguesa.

“É muito importante que não haja discriminações pela natureza das instituições, e as discriminações podem ser simplesmente o facto de, por vezes, a carga burocrática ser de tal maneira pesada que dificulta as instituições mais pequenas em aceder a esses instrumentos”, acrescentou.

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