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Portugal é o oitavo destino turístico do Top dos 10 dos Europeus, diz Mastercard

Foi publicado o Mastercard Travel Report 2023 que revela que as viagens de lazer e de negócios já estão a crescer ao mesmo ritmo. Portugal posiciona-se como o oitavo destino turístico no Top dos 10 destinos preferidos pelos Europeus, de acordo com dados de Janeiro e Fevereiro. 
23 Maio 2023, 19h11

Foi publicado o Mastercard Travel Report 2023 que revela que as viagens de lazer e de negócios já estão a crescer ao mesmo ritmo. Portugal posiciona-se como o oitavo destino turístico no Top dos 10 destinos preferidos pelos Europeus, de acordo com dados de Janeiro e Fevereiro.

De acordo com o novo estudo sobre “Tendências da Indústria de Viagens em 2023” ( Travel Industry Trends 2023 ) do Mastercard Economic Institute, as viagens globais de lazer e negócios já estão a crescer ao mesmo ritmo, e o aumento face ao ano anterior é de 42%.

A recuperação das viagens de negócios aconteceu, sobretudo, a partir do segundo semestre de 2022 e até ao início de 2023, altura em que superaram os voos de lazer, nas regiões que privilegiaram o regresso ao “escritório”, lê-se no comunicado.

Os novos dados do Mastercard Economics Institute revelam que os consumidores estão a investir cada vez mais em viagens de lazer e a procurar novos destinos e experiências em todo o mundo. O crescimento das viagens de lazer mostra precisamente esta tendência e manteve uma trajetória robusta de crescimento, com um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

O relatório anual do Mastercard Economic Institute reúne informações sobre o estado global das viagens e tem em consideração as alterações dos cenários económicos e a crescente procura dos consumidores.

As principais conclusões do Travel Industry Trends 2023 revelam que os europeus preferem destinos turísticos próximos; que Portugal posiciona-se como o oitavo destino turístico no Top dos 10 destinos preferidos pelos Europeus, de acordo com dados de Janeiro e Fevereiro deste ano, superando os Países Baixos, a Suécia e a Irlanda; que o Reino Unido e a Espanha surgem no primeiro e segundo lugar, respetivamente, e os Estados Unidos são o único país não europeu a integrar o ranking; e que os turistas continuam a dar prioridade às experiências.

“A preferência por experiências, ao invés da compra de bens, mantém-se, com um crescimento da procura por experiências mais exclusivas”, refere o estudo que mostra que os turistas europeus estão a desembarcar em destinos menos conhecidos em busca de imersão cultural e viagens mais sustentáveis. “Esta tendência deve-se, por um lado, ao regresso a algum nível de conforto pré-pandemia, mas também à influência das redes sociais”, refere a nota.

A incerteza macroeconómica também influenciou as decisões de compra dos consumidores, por exemplo a escolha de companhias aéreas low cost para viajar.

Em Portugal, a procura por experiências mais do que duplicou (151,6%) em relação a 2019, e aumentou 45,3% comparando março de 2023 com o ano anterior. Contrariamente, os gastos com a compra de bens registaram um crescimento inferior, de 68% comparando com 2019 e 35% em termos homólogos.

Reabertura da China continental terá impactos benéfico no turismo global

Depois de um período de fortes restrições impostas pelo Covid, a reabertura da China terá um impacto positivo no turismo de experiências, refere o estudo da Mastercard.

Em 2019, as viagens da China continental representaram 16% de todos os gastos globais com viagens e transporte e em março de 2023, os gastos com experiências já atingiam os 93% das que existiam em 2019 e são vários os países que estão a beneficiar desta abertura, incluindo Portugal.

Em Lisboa, os gastos dos turistas chineses com a compra de bens cresceu 57,5% em março de 2023, comparando com 2019, os gastos com experiências mais do que duplicaram (196%), considerando o mesmo período, e os gastos no segmento do Luxo aumentaram 74%, segundo o estudo.

“O desejo de viajar volta a impulsionar o crescimento europeu em 2023, depois da recuperação a que assistimos no ano passado”, salienta Natalia Lechmanova, Economista Sénior do Mastercard Economic Institute em comunicado. “A Europa continua a ser um dos principais destinos globais para turistas de todo o mundo. O setor de serviços está especialmente bem posicionado, tendo em consideração que os viajantes continuam a dar prioridade às experiências em detrimento da compra de bens materiais”, acrescenta.

O estudo conclui ainda que os viajantes valorizam, cada vez mais, toda experiência de viagem, desde o momento em que fazem a reserva dos bilhetes de avião até ao desembarque num novo destino, e as empresas que percebem isso estão mais bem posicionadas para criar relacionamentos mais duradouros e com maior valor com os seus clientes.

“Essa mudança fundamental nas expectativas já começou a mudar, não apenas a forma como as empresas trabalham com os seus clientes, mas também na forma como viajamos” e, embora o comportamento dos consumidores continue em função do ambiente macroeconómico, “a oferta de mais opções de pagamento (como resgatar pontos por reservas) e a personalização das experiências, recomendações e das ofertas são apenas duas estratégias que criam um maior envolvimento com o viajante”.

A Mastercard diz que “tem vindo a ajudar o setor de turismo global a recuperar e a receber viajantes através de um conjunto variado de serviços, desde análises de mercado e informações de Big Data que ajudam a perceber as mudanças nas tendências de consumo até soluções de marketing e estratégias de envolvimento do consumidor que impulsionam a fidelização à marca e maximizam as reservas”.

Além disso, em 2022, a Mastercard lançou um Centro de Inovação em Turismo global para desenvolver produtos e soluções à medida que apoiem um regresso sustentável e inclusivo ao turismo, através da inovação, investigação e colaboração em todo o ecossistema.

 

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