O resultado líquido atribuível à Greenvolt no primeiro trimestre deste ano foi de 3oo mil euros, ou seja menos 800 mil euros que no primeiro trimestre de 2022, numa queda de 74%.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2023 traduzem a redução do EBITDA da biomassa devido, sobretudo, aos menores preços spot no Reino Unido, já previstos, bem como o facto de não ter sido concluída nenhuma operação de venda de ativos, prevista para os próximos trimestres do ano”, explica em comunicado o CEO da empresa João Manso Neto.
“Este foi um período de transição onde reforçámos as competências operacionais e humanas da Greenvolt, através da consolidação de uma estrutura que permitirá ao grupo desenvolver, executar e superar o Plano de Negócios”, refere o presidente da Greenvolt.
“Neste contexto, avançámos com a construção de 460 MW (megawatts) em seis países e com os processos de preparação das próximas operações de ‘asset rotation’ de, no mínimo, 200 MW (megawatts)”, acrescenta.
“No Geração Distribuída entrámos em mais três países nos últimos meses, com instalações neste trimestre equivalentes a 40% de todo o ano de 2022. No segmento da biomassa manteve-se a excelência operacional, fruto do investimento continuo feito pela Greenvolt. Ao mesmo tempo, contratámos novos financiamentos no total de 315 milhões de euros, incluindo 200 milhões de euros em obrigações convertíveis totalmente subscritas pela KKR no âmbito da parceria estratégica”, conclui João Manso Neto em comunicado.
As receitas totais da empresa de energias renováveis atingiram os 67,7 milhões de euros, o que traduz uma subida de +20% comparando com o primeiro trimestre de 2022.
Já o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) excluindo custos de transação, ascende a cerca de 22,0 milhões de euros (em linha com o 1º trimestre de 2022).
O EBITDA do Grupo Greenvolt manteve-se em linha com o período homólogo, “tendo em especial consideração que os resultados do primeiro trimestre de 2022 ainda não incorporavam os efeitos da MaxSolar (Alemanha), Actualize (Estados Unidos), Greenvolt Next España, Greenvolt Next Polska, Perfecta Industrial e Greenvolt Comunidades, empresas que passaram a contribuir para os resultados do Grupo apenas no 2º trimetre do ano passado e que se encontram em aceleração de crescimento”.
“As receitas do primeiro trimestre cresceram 20% para 67,7 milhões euros e o EBITDA, excluindo custos de transação, atingiu os 22 milhões, impactado pelo segmento da Biomassa em resultado da diminuição do preço de venda da eletricidade no Reino Unido. Receitas do segmento de energias renováveis de larga escala (Utility Scale) e da Geração distribuída mais do que duplicam”, lê-se no comunicado.
Os segmentos de Utility Scale e de Geração Distribuída reforçaram o seu contributo financeiro “num período em que o resultado líquido atribuível ao Grupo Greenvolt se cifrou em 0,3 milhões de euros”.
A Greenvolt destaca ainda que “o pipeline de projetos de desenvolvimento Utility Scale ascende a 6,9 GW (gigawatt), com 2,9 GW em RtB (Ready to Build), construção ou COD [Commercial Operations Date, ou seja, construídos e prontos a operar] até ao final do ano”. As operações de rotação de ativos serão anunciadas nos próximos trimestres, mantendo-se o objetivo de alienar pelo menos 200 MW.
A “Geração Distribuída” registou um “crescimento exponencial, com instalações no primeiro trimestre a equivalerem a 40% do total de 2022. Grupo Greenvolt já está em seis mercados europeus, após a entrada na Grécia e em Itália”.
A empresa destaca a emissão de 200 milhões de euros em obrigações convertíveis subscritas pelo fundo global de infraestruturas da KKR reforça a capacidade financeira da Greenvolt para projetos futuros e diz que a posição de liquidez supera os 800 milhões de euros.
Recorde-se que neste trimestre foi assinada a parceria com a Bluefloat Energy, promotora de referência mundial na geração eólica offshore, que marca a entrada do Grupo Greenvolt no desenvolvimento da energia eólica flutuante em Portugal.
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