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“Inteligência Artificial é uma forma poderosa de aumentar a inteligência humana”, diz Governo

Segundo o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, as tecnologia por detrás de ferramentas como o ChatGPT não vão substituir a inteligência humana, porque há “limitações e diferenças”.
29 Junho 2023, 18h23

O secretário de Estado Digitalização e Modernização Administrativa disse esta quinta-feira que a Inteligência Artificial (IA) generativa “é uma forma poderosa de aumentar a inteligência humana” e esse é o fator que cria a “grande disrupção” nesta tecnologia que se tornou mais mediática após o lançamento do ChatGPT.

“A IA generativa consegue gerar imagens, música, vídeos, elementos 3D, sequências genómicas. Há IA generativa muito para além do ChatGPT”, referiu Mário Campolargo, na conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, promovida pelo Jornal Económico (JE) e pela Wiimer e que decorre na sede da Siemens, em Alfragide.

“O ChatGTP é uma ferramenta de LLM (Large Language Model), um modelo de IA que permite entender e gerar linguagem como as pessoas a entendem ou julgam entender. Será que a emergência de um ChatGPT é algo tão inédito? A verdade é que a emergência do ChatGPT, por muito inesperada ou súbita, confirma que a disrupção é o nosso novo normal”, garantiu.

Para o secretário de Estado da Digitalização, “estas tecnologias podem de facto refinar determinados aspetos da inteligência humana, embora tenha limitações e diferenças” e nunca a substituindo. “É por esse caminho que também se tem pautado a União Europeia, com o ‘AI Act’”, exemplificou.

Mário Campolargo discursou na sessão de encerramento deste encontro que, ao longo das últimas quatro horas, pôs em debate os potenciais benefícios da IA generativa, contando com o apoio da consultora PwC, da tecnológica especializada em cibersegurança Visionware e da sociedade de advogados PLMJ.

O governante aproveitou ainda a ocasião para enaltecer a discussão sobre as “tendências que emergem num horizonte ainda um pouco distante”, sem que o público se deixe “aterrorizar pelas ameaças e perigos” e possa construir “consensos alargados para o futuro”.

As Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) têm 100 milhões de euros de investimento destinados à IA. No mês passado, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) lançou uma solução de automação de serviços públicos com base em IA que foi financiada pelo PRR.

Trata-se do primeiro chatbot do Estado que recorre à tecnologia da Microsoft (Azure OpenAI Service) para responder às dúvidas dos cidadãos, numa primeira vertente, sobre a Chave Móvel Digital. O avanço foi possível graças ao trabalho das startups tecnológicas Defined.ai e DareData Engineering, ambas com ADN ou sede em Portugal.

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