Esta terça-feira foi dia de serem divulgados números da produção industrial de Portugal, da zona euro e da China, que não animaram os investidores. Assim sendo, as principais praças europeias encerraram em perda e a bolsa de Lisboa seguiu pelo mesmo caminho, ao recuar 0,90%, até aos 6.080,25 pontos.
O decréscimo mais acentuado foi protagonizado pela Ibersol, com um tombo 3,17%, até aos 6,72 euros por ação. Segue-se a Mota-Engil, após perder 2,20% e a EDP, que derrapou 1,98%. Só a Sonae terminou a sessão em terreno positivo, a ganhar 0,66%, já que os títulos estavam a ser negociados nos 0,995 euros no término da sessão.
Entre as mais importantes congéneres europeias, a maior queda registou-se em Espanha, na ordem de 1,47%. Seguiu-se o índice agregado Euro Stoxx 50, com perdas de 1,40%, sendo que a Alemanha resvalou 1,24% e França recuou 1,22%. Itália sofreu um revés de 0,96%, até aos 29.361,00 pontos, enquanto que o Reino Unido tombou 0,43%, para 7.666,27 pontos.
Do outro lado do Atlântico, o sentimento era semelhante, sendo que os principais índices mostraram perdas logo na abertura e até ao fecho dos mercados europeus, exceção feita ao índice Dow Jones.
Na origem das baixas expetativas dos investidores estarão os maus números relativos ao sector industrial divulgados esta terça-feira, tanto no caso da China como da zona euro, sendo que o mesmo ocorreu em Portugal.
Ora, por cá, a produção industrial caiu 3,7% em junho e 5,2% no segundo trimestre, face aos dados observados no mesmo mês do ano passado, segundo revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). De resto, à exceção dos Bens de Investimento, ocorreram decréscimos em todas as categorias envolvidas.
Em simultâneo, a queda observada nos dados de julho da zona euro corresponde à confirmação de “um aumento do ritmo de contração no mesmo mês, registando a leitura mais baixa desde a época da pandemia”, de acordo com uma análise realizada pelo departamento de mercados acionistas do Millenium Investment Banking.
No caso da China, porém, a contração do índice de produção industrial em julho não estava dentro das expetativas dos investidores, mas o que é certo é que tal se verificou. Sendo esta a segunda maior economia do mundo, os números apresentados tiveram o seu peso no sentimento dos mercados europeus, de acordo com a mesma análise.
De resto, os holofotes estarão voltados para os combustíveis até final da semana, já que na sexta-feira há nova reunião da OPEP+. Depois de ser sabido que os cortes da organização na produção de petróleo vão durar até 2024, é agora expectável que surjam novas reduções da parte de um dos membros com maior peso no sector, à escala global, a Arábia Saudita.
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