A bolsa de Nova Iorque iniciou a semana em queda, a refletir a escalada de tensão geopolíticas no Médio Oriente, na sequência da escalada do conflito entre o Hamas e o Estado de Israel no fim de semana.
O Nasdaq é o índice mais afetado, estando a recuar 0,72% para 13.336,01 pontos nos primeiros minutos da negociação desta segunda-feira, seguido do S&P 500, que cai 0,23% para 4.297,88 pontos, e do Dow Jones, que perde 0,06% para 33.386,58 pontos.
“As tensões geopolíticas em Israel trazem pressão a sectores como o de semicondutores, que afetam nomeadamente os planos de expansão da Intel anunciados em junho, bem como a sua participada israelita Mobileye, listada em Nova Iorque. Também o sector de Cibersecurity é atingido pelo sentimento negativo em cotadas como a Check Point ou a Palo Alto, que estão igualmente expostas à região”, explica Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium Investment Banking.
Israel. Goldman Sachs alerta para impactos na produção saudita e iraniana de petróleo
Como salienta o especialista, “a beneficiar da conjuntura podem estar empresas ligadas ao ramo da defesa, como a Lockheed Martin, e o sector Energético, perante a escalada dos preços do petróleo, que de resto acaba por ser fator também de pressão adicional para os mercados, pelos receios de que este aumento de custos energéticos trave a tão desejada descida de inflação e continue a suportar a agressividade de política monetária da Fed”.
“A suspensão da central israelita de gás da Chevron está a fazer disparar os preços do gás natural”, acrescenta o analista.
No mercado petrolífero, o crude sobe 3,26% para 85,49 dólares e o brent avança 2,96% para 87,08, enquanto o gás natural sobe 0,06% para 3,34 dólares.
O Goldman Sachs (GS) afasta, para já, impactos na produção mundial de petróleo depois dos ataques do Hamas contra Israel.
“Notamos que não houve impacto na produção atual de petróleo, e vemos como improvável qualquer efeito imediato e grande no curto prazo no balanço procura-oferta e nos inventários de curto prazo, sendo estes os principais condutores do preço do petróleo”, lê-se numa nota divulgada hoje pelo GS.
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