São cada vez mais sonoros os rumores de que um grupo de parlamentares trabalhistas, conservadores e liberais democratas descontentes com o rumo que a questão do Brexit está a tomar poderá avançar para a criação de um novo partido de centro-direita. A nova formação pode tentar navegar nas águas das formações tradicionais, atraindo os conservadores que não querem sair da União Europeia e os trabalhistas que não se revêm na agenda esquerdista de Jeremy Corbyn, atual líder do partido.
Os rumores subiram de tom durante o fim-de-semana, altura em que a primeira-ministra Theresa May escreveu uma carta aberta no jornal “Observer” em que afirma que está chegada a hora de o eleitorado trabalhista desistir de ideologias extremistas e juntar os seus votos aos conservadores para criarem, ou recuperarem, o conceito de One Nation, que teve em Margaret Thatcher a sua grande inspiradora.
A primeira-ministra diz no seu texto que se as pessoas que antes apoiavam os trabalhistas olhassem para o programa do seu governo, onde se encontram promessas de aumentar a construção de moradias e abrir os mercados das dívidas privadas, descobririam que não são motivos ideológicos mas valores que estão por trás da sua nova postura – inaugurada na convenção conservadora da semana passada.
“Eu quero que os eleitores que anteriormente pensavam em si mesmos como partidários dos trabalhistas olhem para o meu governo de novo. Encontrarão um programa decente, moderado e patriótico que merece apoio”, afirma Theresa May.
May argumenta que num tempo em que as tradicionais alianças políticas contam cada vez menos, os conservadores agora têm a responsabilidade de “oferecer o nosso apoio” a milhões de ex-eleitores trabalhistas que estão insatisfeitos com as movimentações do partido sob liderança de Jeremy Corbyn.
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