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Wall Street fecha no ‘vermelho’ com tombo das gigantes tecnológicas

A sessão foi de correções para o setor tecnológico. Em sentido contrário, a compra da Red Hat pela IBM entusiasmou os investidores, levando a uma valorização de 45,38% da primeira.
Noah Berger / Reuters
29 Outubro 2018, 20h45

As principais bolsas norte-americanas fecharam em queda, penalizadas pelas gigantes tecnológicas. A tendência de abertura com ganhos inverteu-se, em parte devido à Amazon, cujas ações tombaram 6,33% para 1.538,88 dólares. Em sentido contrário, a compra da Red Hat pela IBM entusiasmou os investidores, levando a uma valorização de 45,38% da primeira (para 169,63 dólares por ação). A segunda recuou 4,13% para 119,64 dólares.

“As ações de crescimento ficaram tão sobrevalorizadas que é natural ver um pouco de ar a sair daquele balão, o que pode continuar por algum tempo”, disse Stephen Massocca, vice-presidente senior da Wedbush Securities, sobre as gigantes tecnológicas, em declarações à agência Reuters.

A par da Amazon, a Alphabet caiu 4,52% para 1.034,73 dólares, a Netflix perdeu 5% para 284,84 dólares e a Apple desvalorizou 1,88% para 212,24 dólares. O índice tecnológico Nasdaq fechou a sessão com uma queda de 1,63% para 7.050,29 pontos e o setor tecnológico do S&P 500 com uma perda de 1,2%.

“Mas em termos do resto do mercado que não tem esse tipo de avaliações extremas, penso que estamos provavelmente muito perto do fim do declínio”, acrescentou Massocca. O índice industrial Dow Jones perdeu 0,99% para 24.442,92 pontos e o financeiro S&P 500 deslizou 0,66% para 2.641,25 pontos.

No mercado cambial, a moeda norte-americana apreciou-se 0,16% contra o euro, para 1,1385 dólares, 0,19% contra a libra, para 1,2803 dólares, e 0,37% face à par japonesa, para 112,32 ienes. A yield das Treasuries a 10 anos subiu 1,13 pontos base para 3,0868%.

Há vários fatores que justificam o nervosismo dos investidores, a começar pela incerteza em torno das eleições para o Congresso dos EUA, que estão a apenas uma semana de distância. Apesar do otimismo em relação aos fortes lucros empresariais este ano, há também preocupações sobre a extensão de uma desaceleração no crescimento dos lucros no próximo ano, enquanto dados mais fracos sobre as habitações levantaram dúvidas sobre o crescimento económico.

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