Pedro Nuno Santos justificou a demora na concretização do projeto de alta velocidade, assumido pelo governo do qual fez parte, com os “timings” normais que caracterizam investimentos com tamanha envergadura. Após a audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, por ter tomado posse como líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos puxou dos galões, referindo que “o projeto avançou comigo no governo, foi todo preparado ainda eu era ministro” e percorreu os trâmites normais e, só agora, “é que há condições para ser lançado um concurso e apresentar a candidatura”.
O novo secretário-geral do PS sublinhou ainda que “os processos levam o seu tempo”, que há “problemas vão sendo resolvidos e outros que vão surgindo, aos quais é preciso dar resposta”. No que diz respeito ao projeto da ferrovia, salientou ainda que a “alta velocidade é um tabú”, pois frisou que ninguém alguma vez ousou tocar no tema e que a proposta inicial, do executivo de António Costa para a ligação Lisboa-Porto, não passava pelo TGV, projeto que foi abraçado, de acordo com Pedro Nuno Santos, quando assumiu a pasta das Infraestruturas.
Sobre o projeto que classifica como “essencial para reestruturar a rede ferroviária nacional”, salientou que agora “há condições” para avançar, por via de um “programa europeu que permite financiar”. Espera agora que “o governo avance com o concurso porque dará mais possibilidades à candidatura portuguesa de vencer, de conseguir os fundos”.
Pedro Nuno Santos mostrou-se ainda preocupado com a situação vivida no seio da Global Media Group, cujos trabalhadores cumprem greve de 24 horas, e partilhou o desejo de que os problemas “sejam superados o mais rápido possível”, com o pagamento dos salários em atraso. Prometeu ainda assim “encetar as diligências necessárias”, de forma a reunir com o Sindicato de Jornalistas, para tomar conhecimento, na íntegra, do que se está a passar nos diversos orgãos de comunicação social do grupo.
Sobre a conversa mantida com Marcelo Rebelo de Sousa, disse que a “reunião foi boa”, mas sem expor os temas abordados. Reafirmou a vontade do partido “em promover uma boa relação institucional com a Presidência da República porque é fundamental para o bom funcionamento da democracia”.
Mostrou-se focado nas eleições do dia 10 de março, um acto eleitoral “que queremos vencer, mobilizando o povo português para fazermos Portugal avançar”. Admitiu que há problemas que urge “solucionar e que persistem” para que se torne possível “viver melhor”. Prometeu ainda apresentar “uma solução de governo estável para o país. É esse o nosso objetivo, o nosso foco”.
Sobre os eventuais cenários que se colocam quanto à configuração parlamentar, Pedro Nuno Santos não se pronunciou mas esclareceu que “não será o Partido Socialista a dizer ao presidente da República como é que deve atuar, independentemente dos cenários que surgirem no dia 10 de março”.
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