A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira com ganhos, numa sessão mista para as principais praças europeias. O PSI 20 avançou 0,16% para 4.987,67 pontos, com a NOS e a Galp a liderarem os ganhos. O destaque esteve, no entanto, o BCP, que anunciou um negócio na Polónia no dia em que realizou uma assembleia geral de acionistas.
O banco liderado por Miguel Maya anunciou esta segunda-feira que, através da subsidiária na Polónia (Bank Millennium), chegou a acordo para a compra de uma participação de 99,79% no Euro Bank à Société Générale, por cerca de 428 milhões de euros (1.833 milhões de zlotys).
Os acionistas estiveram também reunidos em assembleia-geral extraordinária, em que foi decidido um aumento das reservas distribuíveis, o que abre a porta para o futuro pagamento de dividendos e permite a devolução dos salários cortados durante o tempo da troika aos trabalhadores.
“O mercado nacional iniciou a semana em toada positiva. Depois da forte valorização conseguida na semana passada, o BCP voltou a ganhar terreno”, afirmaram os analistas do BPI, referindo que o CaixaBank BPI Research estima “que esta aquisição tenha um impacto positivo de 4% a 5% nos lucros da instituição no médio prazo”. As ações fecharam a sessão a ganhar 0,21% para 0,2433 euros.
Energia brilha num PSI 20 em que o papel cai
A liderar os ganhos do índice de referência nacional esteve a NOS, com uma valorização de 1,59% para 15,015 euros. Foi, no entanto, o setor da energia, com a Galp a beneficiar da subida dos preços do petróleo e a subir 1,25% para 15,015 euros.
A EDP ganhou 0,52% para 3,096 euros e a EDP Renováveis subiu 0,51% para 7,890 euros. Ambas as empresas do grupo vão apresentar resultados esta semana, sendo que esta foi a primeira sessão em bolsa depois das notícias de que o calendário para as aprovações regulatórias da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges passou do final deste ano para o início do próximo.
Em sentido contrário, a Mota-Engil foi a cotada que mais caiu, com um tombo de 2,92% para 1,728 euros por ação. No retalho, a Sonae desvalorizou 1,97% para 0,8725 euros, enquanto a Jerónimo Martins recuou 0,23% para 10,800 euros. No papel e pasta de papel, a Altri caiu 1,48% para 7,340 euros e a Navigator perdeu 1,15% para 4,122 euros.
Petrolíferas europeias sobem e tecnológicas descem
Na Europa, a sessão foi mista. O índice pan-europeu Euro Stoxx 50 ganhou 0,12%, enquanto o espanhol IBEX 35 subiu 0,19% e o britânico FTSE 100 avançou 0,11%. Em sentido contrário, o alemão DAX perdeu 0,22%, o francês CAC 40 deslizou 0,01% e o FTSE MIB caiu 0,50%.
“Os ganhos dos setores petrolífero, das utilities e dos produtores de matérias-primas contrastaram com as perdas do setor tecnológico”, referiram os analistas do BPI.
Esta segunda-feira entraram em vigor novas sanções dos EUA ao Irão, que levaram os investidores a apostarem em maior escassez da matéria-prima e, consequentemente, à subida dos preços. O crude WTI negociado em Nova Iorque avança 0,65% para 63,55 dólares por barril, enquanto o brent negociado em Londres sobe 0,84% para 73,44 dólares por barril.
No mercado cambial, o euro valorizou 0,03% para 1,1391 dólares. As yields das dívidas soberanas da zona euro fecharam praticamente inalteradas, entre ganhos e perdas ligeiras. No caso de Portugal, o juro das Obrigações a 10 anos fecharam nos 1,884%.
[Notícia atualizada às 17h10]
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