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OPEP irá esperar para perceber impacto das sanções ao Irão antes de agir

O ministro do Petróleo do Iraque explicou, em entrevista à agência Reuters, que o cartel irá aguardar antes de tomar alguma decisão para compensar a redução da produção petrolífera por parte do Irão.
Sergei Karpukhin/Reuters
6 Novembro 2018, 15h38

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não vai reagir de imediato às novas sanções dos EUA ao Irão, que entraram em vigor na segunda-feira. O grupo irá esperar para perceber o impacto real no mercado petrolífero antes de tomar qualquer decisão, segundo garantiu o ministro do Petróleo do Iraque, Thamer Ghadhban, em entrevista à agência Reuters.

Ghadhban afirmou que a escassez de produção petrolífera causada pelas sanções ainda terá de ser avaliada antes da reunião da OPEP, que se irá realizar em dezembro. Antes de os países decidirem como agir, pretendem ver qual é “a decréscimo real”, segundo o ministro.

“Quero esperar e ver quanto é o decréscimo físico real das exportações iranianas e se poderá ser compensado não só por produtores da OPEP, mas também por outroa países”, afirmou o ministro à Reuters. “Se não houver procura, como poderei dizer que vamos compensar?”

Questionado pela agência, Ghadhban recusou dizer qual a expetativa de preço do petróleo para 2019, mas afirmou que 70 dólares por barril é “justo” e acrescentou que quanto mais elevados estiverem os preços, melhor é para o Iraque. “Em comparação com preços anteriores, quando se fala em preços acima de 70, diria que é justo. Não é 30 ou 50, mas também não é 100”, disse.

“Por princípio, quando mais elevados os preços, melhor para o Iraque, mas não trabalhamos sozinhos. Somos membros da OPEP. Vemos os interesses dos consumidores e queremos ser um produtor e exportador viável”, acrescentou Ghadhban.

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