O Ministério Público (MP) está a investigar o patrocínio da construtora de Socicorreia ao rali Vinho Madeira, onde desde 2017 tem participado Pedro Calado, antigo vice-presidente do governo regional e presidente da Câmara do Funchal que foi ontem detido. Em causa estão suspeitas de contrapartidas para aprovação de projetos ligados ao imobiliário e turismo e agilização de processos de licenciamento no âmbito das investigações ao elevado número de contratos de empreitadas na Madeira. E ao favorecimento indevido a empresas por titulares de cargos políticos do governo liderado por Miguel Albuquerque, constituido arguido na investgação do MP, e da autarquia do Funchal.
O DCIAP acredita que a construção dos apartamentos em zona protegida só foi possível com aprovação do Governo Regional da Madeira, através de intervenção direta de Miguel Albuquerque e de Susana Prada em “conluio” com Pedro Calado que foi vice-presidente do governo regional até ter assumido a liderança da câmara, em 2021. Antes, trabalhara para o grupo empresarial AFA, que detém os hotéis Savoy.
Na mira da justiça está o “tratamento de favor” para o grupo AFA e Avelino Farinha. Segundo fonte próxima ao processo, entre os projetos em investigação está o polémico megaprojeto imobiliário chamado Varino (uma parceria entre os grupos Socicorreia e AFA) que na ilha é conhecido por “Dubai na Madeira”.
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