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Componentes automóveis reforçam peso nas exportações nacionais de bens transacionáveis

Numa análise por país destinos dos componentes automóveis fabricados em Portugal, Espanha continua a afirmar-se como o principal mercado seguido pela Alemanha e França.
10 Abril 2024, 16h55

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel diz que 17% das exportações nacionais de bens transacionáveis são da responsabilidade das exportações de componentes automóveis.

As exportações de componentes automóveis reforçam assim, o seu lugar como um dos motores do crescimento económico em Portugal ao serem responsáveis por 17% das exportações nacionais de bens transacionáveis, no mês de fevereiro de 2024.

As expectativas para o setor eram modestas, mas as exportações de componentes automóveis “surpreenderam ao atingirem 1.111 milhões de euros em fevereiro de 2024, refletindo um aumento de 5,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior”.

Estes dados, divulgados pela AFIA “destacam a resiliência do setor, que superou o crescimento de 2,3% verificado nas exportações totais”.

No que diz respeito ao valor acumulado das exportações de componentes automóveis desde janeiro, a AFIA diz que se verifica um acréscimo de 2,8% face ao período homólogo em 2023, tendo-se já atingido os 2.200 milhões de euros nos primeiros dois meses de 2024.

“Relativamente à quota das exportações de componentes automóveis em 2024 por região, note-se que a Europa concentra 89,4% das compras realizadas, verificando-se um aumento de 2,3% relativo ao período homólogo de 2023”, acrescenta a associação.

“Também o continente americano apresenta um crescimento de 20,9% no mês de fevereiro em relação ao período de janeiro a fevereiro de 2023, concentrando 5,6% das exportações de componentes automóveis”, revela a AFIA.

Por outro lado, as regiões de África e Médio Oriente e da Ásia e Oceania, que têm respetivamente, 3,0% e 1,9% das exportações de componentes automóveis portugueses, apresentaram no acumulado até fevereiro uma queda de 4,6% e de 7,2%, respetivamente, face aos doisapos primeiros meses de 2023.

Numa análise por país destinos dos componentes automóveis fabricados em Portugal, Espanha continua a afirmar-se como o principal mercado, representando 28,9% das exportações, seguido pela Alemanha, com 22,9% e França, que mantém o terceiro lugar do pódio com uma quota de 8,9%.

Em relação ao top 15 de mercados clientes de Portugal, conclui-se que, entre janeiro e fevereiro, houve um aumento nas exportações de componentes automóveis portugueses em nove dos quinze países. Espanha (-1,0%), França (-20,7%), Roménia (-0,4%), Eslováquia (-36,4%), Bélgica (1,6%) e Polónia (-14,4%) apresentaram uma variação relativa negativa em 2024, quando comparado com os meses de janeiro e fevereiro de 2023.

Por contraste, o mercado sueco, que ocupa o 9.º lugar do top 15, surpreendeu ao apresentar, no acumulado até fevereiro, um aumento de 84,8% de variação relativa.

É de notar que a indústria de componentes automóveis, apesar de enfrentar desafios e cenários pouco entusiasmantes para o ano em curso, o que afetará as empresas negativamente, quer a nível nacional quer internacional, tem encontrado formas de manter a sua competitividade mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade. Contudo, a diminuição de encomendas pode acontecer, tendo em conta a queda de consumo por via da instabilidade económica.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de abril pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

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