O ministro das Finanças comprometeu-se que Portugal vai registar excedente orçamental nos próximos dois anos, algures entre os 0,2% e 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A certeza foi dada numa entrevista à “RTP”, já em Bruxelas para a reunião do Ecofin, e também à “CNBC”.
“As medidas que o Governo já tomou e as que pretende tomar até ao final do ano e no próximo ano permitem-nos, à data de hoje, com as previsões que existem para a economia portuguesa, dizer que iremos apresentar um excedente orçamental este ano e um orçamento para 2025, que também terá uma previsão de excedente orçamental, provavelmente em torno de 0,2%/0,3% do PIB”, disse Joaquim Miranda Sarmento à publicação portuguesa.
À “CNBC”, Miranda Sarmento lembra o excedente de 1,2% do PIB no ano passado. “Prevemos continuar a ter um excedente no saldo orçamental, o que nos permitirá reduzir dívida pública para perto de 95% do PIB este ano e no caminho de uma redução até 80% do PIB em 2028”.
Ainda assim, e apesar do excedente ser uma meta, o governante lembrou que o objetivo é “ter as contas públicas equilibradas”, garantindo que “o Programa do Governo é compatível com esse equilíbrio orçamental”.
O responsável pela pasta das Finanças adianta que este excedente vai permitir “continuar a reduzir a dívida pública em cinco pontos percentuais por ano”.
Na entrevista à publicação norte-americana, o governante previu ainda que a economia portuguesa apresente um crescimento de “pelo menos 2,3% em 2025 e que o PIB apresente crescimentos de até 3% ao longo dos próximos anos devido às reformas estruturais.
A reunião do Ecofin acontece depois da Comissão Europeia admitir confiar num “forte desempenho orçamental” de Portugal, numa altura em que o país deixa de apresentar os desequilíbrios macroeconómicos registados há 10 anos.
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