A greve da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) começa esta terça-feira e o Jornal Económico falou com a dirigente da FNAM e explica o que está em causa com esta greve que se vai fazer sentir nos próximos dois dias
Para quando está marcada esta greve?
A greve inicia-se esta terça-feira, 23 de julho e estende-se até quarta-feira, 24 de julho. Além desta paralização de dois dias, irá fazer-se sentir uma greve aos cuidados de saúde primários com efeitos mais prolongados, ou seja, até 31 de agosto.
Quem vai participar?
A greve foi decretada pela FNAM e vai abranger todos os médicos, até os das regiões autónomas.
O que está em causa?
Segundo a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Joana Bordalo e Sá, em causa está a recusa do Ministério da Saúde em negociar com a FNAM. “Acima de tudo, fomos empurrados para esta greve devido à intransigência do ministério de Ana Paula Martins”, disse.
No entender da responsável máxima pela Federação, Joana Bordalo e Sá, falta ao Ministério vontade de “querer negociar verdadeiramente um protocolo negocial que inclua os temas que efetivamente fixem médicos no Serviço Nacional de Saúde”.
Afinal, o que pedem os médicos?
Joana Bordalo e Sá explicou ao JE que os médicos pedem a “discussão das grelhas salariais”, sendo este um tema “urgente” e que tem de “estar finalizado até ao fim de setembro para podermos inscrever isto no Orçamento do Estado de 2025”.
Além disso, a FNAM pede que sejam “repostas as 35 horas de trabalho”, bem como “questões relacionadas com as condições de trabalho” dos médicos.
Que adesão espera a FNAM para esta paralização?
A dirigente da FNAM adiantou ao JE que “o sentimento que existe é de uma grande revolta”. “Os médicos querem poder fazer o seu trabalho no SNS, mas de facto não estão a ser dadas condições e por isso é que saem todos os dias para a emigração e para o sector privado”, sublinhou.
Como estão a decorrer a negociações com o Governo?
Joana Bordalo e Sá referiu que a “Federação Nacional dos Médicos aceitou todos os pontos que o Ministério da Saúde queria discutir e que estes estão relacionados com as avaliações dos médicos e com a formação dos médicos internos”
“Propuseram um calendário alargadíssimo que no fundo é uma estratégia de tentar empurrar com a barriga. Queriam estar seis ou sete meses a discutir estes temas e depois falar das grelhas salariais”, apontou a dirigente máxima da FNAM.
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