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Médio Oriente: UE pede pausa humanitária para vacinação contra poliomielite em Gaza

Em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, apelou a “uma pausa humanitária imediata para permitir a vacinação de todas as crianças de Gaza contra o poliovírus”.
A man gestures as Palestinians search for casualties a day after Israeli strikes on houses in Jabalia refugee camp in the northern Gaza Strip, November 1, 2023. REUTERS/Mohammed Al-Masri
29 Agosto 2024, 16h42

A União Europeia (UE) insistiu hoje numa pausa imediata no conflito na Faixa de Gaza para vacinação das crianças no território contra a poliomielite, depois de o poliovírus ter regressado em julho após 25 anos sem casos.

Em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, apelou a “uma pausa humanitária imediata para permitir a vacinação de todas as crianças de Gaza contra o poliovírus”.

A Faixa de Gaza, refere ainda o texto, tem estado livre da poliomielite nos últimos 25 anos, sendo considerado “alarmante que o poliovírus tenha sido detetado e que o primeiro caso tenha sido confirmado novamente em julho”.

O alto representante para a Política Externa da UE referiu ainda a importância de se evitar “uma epidemia entre uma população já debilitada por mais de dez meses de combates e deslocações, má nutrição, falta de serviços básicos de saúde e condições sanitárias deploráveis, bem como uma maior propagação a nível internacional”.

O apelo da UE para uma pausa humanitária para vacinação em Gaza junta-se aos já lançados pelas Nações Unidas e Organização Mundial de Saúde. Na terça-feira, o chefe da diplomacia europeia já tinha pedido um cessar-fogo humanitário de três dias para permitir a vacinação.

O bloco comunitário saúda ainda a entrega de mais de 1,2 milhões de vacinas orais contra a poliomielite, bem como com a cooperação de Israel na entrega das vacinas a Gaza.

Na sequência de um atentado do Hamas em outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns, Telavive retaliou militarmente em Gaza, tendo já provocado mais de 40 mil mortos no enclave palestiniano, segundo dados do Hamas.

O conflito alastrou à Cisjordânia e ameaça a paz e segurança na região, com o envolvimento do Hezbollah a partir do Líbano, do Irão, de rebeldes huthis no Iémen.

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