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Incêndio na Madeira: JPP quer ouvir mais quatro entidades no parlamento

O JPP chamou Marco Lobato, vogal do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) e Comandante Operacional; Rocha da Silva, antigo diretor regional de Florestas e ex-presidente da Federação Regional de Bombeiros; Francisco Castro Rego, professor com Agregação no Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa e Manuel Filipe, presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).
12 Setembro 2024, 16h26

O Juntos pelo Povo (JPP) quer ouvir mais quatro entidades no âmbito das audições que vão decorrer na Assembleia Legislativa da Madeira sobre o incêndio que deflagrou na Região Autónoma em agosto, que durou 10 dias, e afetou mais de cinco mil hectares.

A força partidária chamou Marco Lobato, vogal do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) e Comandante Operacional; Rocha da Silva, antigo diretor regional de Florestas e ex-presidente da Federação Regional de Bombeiros; Francisco Castro Rego, professor com Agregação no Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa e Manuel Filipe, presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).

Para além dos pedidos do JPP, vão ser ouvidos, pelo parlamento, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, o Comandante dos Bombeiros Mistos da Ribeira Brava e Ponta do Sol, Sidónio Pio, o Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, António Nunes, e o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

O JPP sublinhou que Marco Lobato tem sido o rosto público da Proteção Civil, salientando que o subintendente da Polícia de Segurança Pública entrou em Março de 2022 para vogal da Proteção Civil, substituindo no cargo o engenheiro Miguel Branco.

“Lobato é “número dois” do SRPC nomeado pelo Governo Regional em regime de comissão de serviço por três anos. Nos incêndios de 14 de Agosto, Marco Lobato apareceu sozinho nas primeiras horas do fogo, em substituição do presidente do SRPC, António Nunes, que se encontrava de férias”, acrescentou o partido.

O secretário-geral da força partidária, Élvio Sousa, salientou que o partido e o grupo parlamentar do JPP tem sido mobilizado em torno desta audição e que se está a preparar “tudo ao detalhe e com seriedade” para que a população seja “devidamente esclarecida” sobre o que se passou no incêndio.

“Quero aqui afirmar, com toda a veemência, para que o PSD e o CDS-PP (que têm um acordo parlamentar secreto, ninguém conhece), não atrapalhem o nosso trabalho de fiscalização e de escrutínio. O comportamento do PSD e do CDS-PP nesta audição tem sido de tentar branquear a realidade, de esconder os protagonistas, de calculismos premeditados e de politização dos serviços da Assembleia, cujos factos tornaremos público em breve”, disse Élvio Sousa.

O dirigente da força partidária salientou que existe “um dever de compromisso e de verdade para com a população” e avisou para “não se contar com nenhum sinal de brandura” da parte do JPP.

“Estamos fartos de desertores políticos, que se escondem das responsabilidades nas catacumbas da Quinta Vigia, e que estão com medo de dar a cara no parlamento”, disse o secretário-geral da força partidária.

“Vamos continuar o nosso trabalho de fiscalização e de investigação. Quem está com medo de vir ao parlamento, vai ser julgado de cobardia política. Todos os partidos que chumbarem a presença de outros responsáveis e de especialistas para apurar a verdade, estão a tentar esconder a realidade. Por isso, o PSD e a sua muleta, o CDS-PP, que não atrapalhe o nosso trabalho ao serviço do povo”, acrescentou Élvio Sousa.

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