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Proposta de destituição de Macron será analisada em comissão em 2 de outubro

Em comunicado de imprensa, Jérémie Iordanoff afirmou que tenciona realizar uma “série de audições para clarificar o alcance exato do artigo 68.º da Constituição, na sua versão atual após a revisão constitucional de 2007”, na medida em que “a análise do mérito de um processo de destituição é inédita”.
25 Setembro 2024, 22h06

A proposta para iniciar um processo de destituição do Presidente francês, Emmanuel Macron, será examinada em 02 de outubro pela Comissão de Direito da Assembleia Nacional, anunciou hoje o relator do texto e deputado ecologista Jérémie Iordanoff.

Em comunicado de imprensa, Jérémie Iordanoff afirmou que tenciona realizar uma “série de audições para clarificar o alcance exato do artigo 68.º da Constituição, na sua versão atual após a revisão constitucional de 2007”, na medida em que “a análise do mérito de um processo de destituição é inédita”.

O texto – assinado por 81 deputados franceses, entre os quais 72 do partido França Insubmissa (LFI, esquerda radical) – não deverá ser adotado em bloco, uma vez que são necessários dois terços dos deputados, incluindo os senadores, e tanto os comunistas como os socialistas se mostraram maioritariamente contra.

Já o partido de extrema-direita União Nacional (RN) fechou a porta a um voto favorável ao texto, com a sua líder Marine Le Pen a denunciar uma “manobra de fumo e espelhos” da “extrema-esquerda” para “tentar fazer esquecer os seus muitos compromissos com o governo Macron”.

A proposta do LFI, maior força no seio da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), na sequência de Macron se recusar a nomear um governo da NFP após as eleições legislativas, deverá ser analisada pela Conferência dos Presidentes da Assembleia num prazo não superior a 13 dias após o veredito da Comissão de Legislação.

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